domingo, 30 de junho de 2019

Releitura da postagem https://josianafelix.blogspot.com/2018/06/tecnologias-digitais-de-informacao-e.html


“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”. (BNCC)


Sobre as propostas de aplicação das chamadas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no ambiente escolar, reunimos a opinião de especialistas de sistemas de ensino que já oferecem essas possibilidades a seus parceiros.

Com a homologação da BNCC, a proposta do Ministério da Educação (MEC), é que os currículos escolares sejam adaptados ao longo do ano, já que a implementação da nova base deve ser iniciada em 2019 e se prolongar até 2020. É o momento de conhecer, adaptar ou, até mesmo, descobrir quais Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação se adequam à realidade da instituição de ensino, impactando de forma positiva professores, gestores, pais e, é claro, alunos.

Para a Alonso, Aragón, Silva e Charzuk (2014, p. 154), amplia-se o anterior quando:

“cultura digital”, é importante perceber que os elementos e características até o momento postos, adquirem materialidade quando pensados conjuntamente por serem interdependentes, implicando-se mutuamente, por isso a ideia de fluxo que se movimenta a depender da maneira pela qual o conjunto se forma. Daí a complexidade de compreensão do vivido, de como são atravessadas as experiências humanas mediadas tecnologicamente, característica fundamental da “cultura digital”.

Evidentemente que tal uso é a expressão mais clara de transformações profundas por que passam as sociedades, principalmente as ocidentais. No movimento de criação, recriação, uso e reinvenção das TIC, há uma gama enorme de acontecimentos que mobilizam nossos cotidianos e modos de ser e estar no mundo. Se, no campo econômico, as sociedades tecno - informacionais priorizam o uso das TIC para integrar a produção, como nos ensinou Santos (1996), no âmbito do consumo das mídias digitais – internet, telefonia móvel, jogos de computador, televisão interativa, entre as principais – tem-se, como afirmou Buckingham (2010, p. 37-38), elemento “indispensável no tempo de lazer das crianças e jovens. De fato, a primeira relação deles com tecnologia digital já não ocorre no contexto escolar como fora nos anos de 1980 e mesmo no início dos 1990, pois ela se tornou do domínio da cultura popular”. Essa é uma ruptura importante para se pensar o contexto educacional em suas possibilidades e impossibilidades, tratando disso e do uso mais intenso das TIC.
Quando se constata que a cultura digital ainda está em construção e que da compreensão do seu processo de instauração depende a manutenção das nossas democracias; que as tecnologias digitais abrem possibilidades de verdadeiros avanços sociais e econômicos, bem como geram riscos de sérios retrocessos; que as escolas podem e precisam assumir papel protagonista nesse processo e nem esgotando a discussão, que as tecnologias digitais criam novas e promissoras possibilidades pedagógicas que podem contribuir na superação dos complexos desafios enfrentados pelas instituições escolares nos dias de hoje.

Outro aspecto da relevância está no grande aprendizado resultante do processo. A gestão do projeto, fundamentada na gestão colaborativa (CERNY, 2009), gerou uma grande ação coletiva iniciada já na fase da concepção das diretrizes pedagógicas e mantida durante a criação e o desenvolvimento dos materiais. Todo o material, de domínio público e totalmente acessível via computadores e dispositivos móveis, compõe um acervo que esperamos possa estabelecer uma nova fronteira para a formação de professores na cultura digital. Os materiais foram concebidos para serem utilizados em diferentes contextos, possibilitando diferentes metodologias de formação, pois podem ser combinados de diversas formas, gerando processos formativos mais adaptados à realidade da escola.

Assim, além da própria gestão colaborativa, que já se constituía por si só numa inovação, muitos outros aspectos inovadores surgiram durante sua execução, devidos principalmente à ampla interlocução e à troca de ideias entre profissionais de diferentes idades, instituições, práticas e áreas acadêmicas (foram em torno de 150 pessoas de todo o Brasil). Sem dúvidas algo inovador e que deu certo, porém parou no tempo, os equipamentos ainda são de 2009, o que impede diversas atualizações e programas mais modernos e eficazes para os dias atuais.

Releitura da postagem https://josianafelix.blogspot.com/2018/01/diversidade.html


A inclusão educacional constitui a prática mais recente no processo de universalização da educação. Ela se caracteriza em princípios que visam à aceitação das diferenças individuais, à valorização da contribuição de cada pessoa, à aprendizagem através da cooperação e à convivência dentro da diversidade humana.

Segundo Sanchez (2005) "a filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em que as escolas, enquanto comunidades educativas, devem satisfazer as necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência). Trata-se de estabelecer os alicerces para que a escola possa educar com êxito a diversidade de seu alunado e colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e injustiça social."
Essa diversidade vem de encontro com o Protagonismo discente, pois, diversidade significa o direito de ser segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, assim como a democracia, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de poder ser aquilo que se é.
Diversidade, aqui, então, é entendida como um termo que se refere à diferença, a variedade, a divergência e a abundância de coisas distintas. É cultural, porque se refere a tudo aquilo que é próprio ou está relacionado à cultura.

Então, o conceito diversidade  trata da convivência e interação que existe efetiva e satisfatoriamente entre diferentes modos de ser. A existência de diferentes modos de ser coletivo (cultura), por exemplo, é considerada como importante patrimônio da humanidade, pois esta questão, sem dúvida, ajuda a promover e expandir o conhecimento, assim como certos valores como o respeito e a tolerância, pois o fato de respeitar e tolerar o outro que não manifesta as mesmas crenças e não possui a mesma bagagem cultural, será sempre um passo à frente







Releitura da postagem https://josianafelix.blogspot.com/2017/12/falando-sobre-inclusao.html

A legislação permite a inclusão das pessoas com deficiência no sistema regular de ensino, nas classes comuns. Esta realidade exige flexibilidade pedagógica, utilização de recursos diferenciados e adaptados às muitas formas de aprender, respeitando cada indivíduo na sua forma de ser e aprender, possibilitando-o ser protagonista do saber.  Na prática, essa “flexibilidade pedagógica” nem sempre é possível, pois faltam recursos, além disso, existem divergências de opiniões dentro e fora da escola. 

A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. (BRASIL, 2008, p. 1).

Há uma certa consternação e apreensão à cerca da metodologia para lidar com determinadas situações até mesmo sobre os manejos com certos alunos em virtude de motivos variados: falta de informação, formação, estrutura, recursos, entre outros.

A Lei nº. 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir ‘tratamento especial’ para os alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”, não promove a organização de um sistema de ensino capaz de atender as necessidades educacionais especiais e acaba reforçando o encaminhamento dos alunos para as classes e escolas especiais. (BRASIL, 2008, p. 3).
O conceito de inclusão, não pode ser compreendido de forma abstrata, ele para ser compreendido necessita de dois movimentos: a) tem a ver com a necessidade de se fazer um retrospecto histórico, pois foi na luta da pessoa com deficiência por acesso à educação que se deu b) a construção de um espaço de atuação por parte de professores de uma área de atuação diferenciada: a educação especial.
Nem sempre se entende que este conceito é resultado de um processo, nem sempre linear; parte da compreensão de uma situação desconfortável por parte de uns em vista da segregação e resulta na construção de esforços integrativos e de inclusão.
A difusão das ideias inclusivas adotadas no Brasil como linha política, prevista pela Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009, dispõe que:
Art. 1º Para a implementação do Decreto nº 6.571/2008, os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
Art. 2º O AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem.
Sendo assim, garantir a matrícula dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades faz parte das Políticas Públicas da Educação Inclusiva que deram visibilidade às necessidades educacionais de pessoas com deficiência, por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. 9.394/96 (BRASIL, 1996) e da Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 2007).
A inclusão escolar consiste na ideia de todas as pessoas terem acesso, de modo igualitário, ao sistema de ensino. Atualmente, o principal foco da inclusão escolar são as crianças e jovens portadores de necessidades educacionais especiais (NEE), que normalmente apresentam algum tipo de deficiência física ou psicológica.
No cotidiano da sala de aula isto significa que abriram-se espaços, na escola regular, para a presença de pessoas com deficiência. Entretanto, mesmo quando participando da sala regular, no entanto, percebe-se que na visão integracionista, a presença de tais alunos não modifica a lógica de funcionamento da escola.
O conceito de inclusão tem a ver com a necessidade de se fazer um retrospecto histórico, pois tem sua origem em dois movimentos: na luta da pessoa com deficiência por acesso à educação e também, na construção de um espaço de atuação por parte de professores de uma área de atuação diferenciada: a educação especial.
Nem sempre se entende que este conceito é resultado de um processo, nem sempre linear; parte da compreensão de uma situação desconfortável por parte de uns em vista da segregação e resulta na construção de esforços integrativos e de inclusão.

Releitura da postagem https://josianafelix.blogspot.com/2017/07/dinamica-da-bala.html

https://josianafelix.blogspot.com/2017/07/dinamica-da-bala.html

É preciso preocupar-se com a intencionalidade de nossas ações o tempo todo e na sala de aula não é diferente. 
Escolhi essa dinâmica com propósito principal de promover união nessa turma, pois eles se desentendiam "por tudo e por nada".

Objetivos da Dinâmica da bala:
  • Integrar os alunos
  • Estimular a solidariedade
  • Estimular o pensamento
  • Resolver problema
  • Promover união
  • Divertir
  • Aprender a dividir


O brincar é uma importante forma de expressão que a criança possui para se comunicar, reconhecer e reproduzir seu cotidiano, além de proporcionar o conhecimento de si mesmo e do outro, através da interação social.

Releitura da postagem https://josianafelix.blogspot.com/2017/07/a-realidade-do-ppp-nas-escolas.html

Um dos requisitos para elaboração do Projeto e Relatório do estágio, que aconteceu no período de setembro até dezembro de 2018, ter contato com o PPP da escola e tive a oportunidade de ler com atenção o PPP da escola em que leciono.

Destaco aqui alguns pontos que considere importante: 


  • O Projeto Político Pedagógico são os objetivos que a escola deseja alcançar. As escolas tem a autonomia de criar o documento, levando em consideração alguns pontos importantes para a sua construção. Um ponto importante é que o documento seja elaborado envolvendo de forma DEMOCRÁTICA todos os seguimentos da escola e que após isso ele fique disponível para leitura e consulta.
  • Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma a proposta de educação que se materializa no cotidiano das salas de aula.
  • A Escola  tem como filosofia uma educação democrática que promove o exercício da cidadania através da construção de aprendizagens significativas e proporciona ao educando o acesso ao saber, a partir de um trabalho educativo consciente e construtivo.

Fonte: PPP de uma escola municipal

Releitura da postagem https://josianafelix.blogspot.com/2017/04/bullying.html

Embasamento teórico...
O bullying na escola segundo GUARESCHI, 2008, p. 17:
É um fenômeno devastador, podendo vir a afetar a auto-estima e a saúde mental dos adolescentes, assim como desencadear problemas como anorexia, bulimia, depressão, ansiedade e até mesmo o suicídio. Muitas crianças vitimas do bullying desenvolvem medo, pânico, depressão, distúrbios psicossomáticos e geralmente evitam voltar a escola quando esta nada faz em defesa da vitima.
Diante de todos esses problemas que podem vir a acontecer é o motivo pelo qual esse tema precisa ser abordado frequentemente nas escolas. Além disso, é preciso ter um olhar atento a cada aluno, de modo a perceber quaisquer mudança de comportamento.  

GUARESCHI, A. P. SILVA, M. R. da. (Coord.) Bullyng Mais Sério do que se imagina. 2ª. ed. Porto Alegre: Mundo Jovem, EDIPUCRS, 2008.



Releitura da postagem https://josianafelix.blogspot.com/2017/04/analise-critica.html

Uma crítica é sempre uma coisa ruim? 


De forma alguma...
Existem muitas maneiras de fazer uma crítica. Penso que antes de fazê-la é preciso ter alguma cautela para não magoar quem a receberá.
A crítica contribui para o desenvolvimento de aprendizagens. 
Me identifiquei com a frase de Lincoln:
"Só tem direito de criticar aquele que pretende ajudar".

Releitura da postagem https://josianafelix.blogspot.com/2017/04/projeto.html

Projeto de Aprendizagem

O desenvolvimento de um projeto de aprendizagem consiste na busca por informações que esclareçam as indagações de um sujeito sobre a sua realidade. Essas indagações se manifestam por inquietações advindas de suas vivências e necessidades em conhecer e explicar o mundo. O objetivo é o desenvolvimento de um processo de aprendizagem que alcance a construção de novos conhecimentos, em que o aprendiz possa sistematizar informações ampliando sua rede de significações, possa reestruturar o raciocínio lógico sobre os novos significados enquanto elabora sínteses de respostas descritivas e explicativas para sua curiosidade. Enquanto o projeto se desenvolve, os estudantes constroem uma rede de conhecimentos em torno da questão investigada (Fagundes et alli, 1999).
O primeiro passo é selecionar uma curiosidade, que para fins didáticos, denomina-se de “Questão de Investigação”. A seguir é feito um inventário dos conhecimentos (sistemas nocionais, ou conceituais dos aprendizes) sobre a questão. Esse conhecimento pode ser classificado em dúvidas e certezas. As certezas para as quais não se conheça os fundamentos que a sustentem são denominadas de provisórias. As dúvidas são sempre temporárias. O processo de investigação consiste no esclarecimento das dúvidas e na validação das certezas. O trabalho com projetos se desenvolve segundo um plano de interação intensiva. No plano, os itens do inventário são agrupados em unidades de investigação, segundo suas afinidades, é previsto um tempo para sua realização. O esclarecimento/validação de um item requer: coleta de informação, análise, debates e por fim a elaboração de uma síntese descritiva e/ou explicativa. No decorrer da investigação, surgem novas dúvidas e novas certezas; com isso o inventário é modificado e o planejamento, consequentemente, refeito. Em torno de um projeto se articula uma rede de cooperação, formada por autores, outros estudantes – construtores de outros projetos, professores com diferentes papéis e eventuais colaboradores externos.




FAGUNDES, L. C. et alProjetos De Aprendizagem - Uma Experiência Mediada Por Ambientes Telemáticos



Retrospecto

Ao revisitar as postagens contidas nesse blog é evidente que em minha escrita houveram muitas mudanças. 
O PEAD proporcionou ampliar consideravelmente meu vocabulário e isto reflete melhorias não somente como acadêmica,  mas como professora que sou, já que também é preciso preocupar- se com a forma como escrevemos até mesmo na agenda das crianças. 
Sou muito grata a todos os professores do PEAD e me sinto orgulhosa por fazer parte dessa instituição de ensino que é a UFRGS.
O retrospecto histórico é importante não apenas para mostrar minha trajetória acadêmica, mas também para apontar a minha preocupação com a melhoria de minha capacitação para o trabalho. Hoje posso dizer que sou uma professora melhor, mas que ainda tem muito o que aprender pois como afirma Paulo Freire:
"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre".

 https://josianafelix.blogspot.com/2017/04/ser-reflexivo.html

sábado, 29 de junho de 2019

Releitura da postagem https://josianafelix.blogspot.com/2019/02/tcc.html

A reta final do curso chegou trazendo consigo um misto de ansiedade, medo e alegria...
Foram muitos os desafios enfrentados até aqui, não só com relação as demandas do curso mas sim concilia-las as com as demais tarefas de casa, trabalho, filhos, marido, família...
Não foi fácil, mas ter chegado até aqui significa muito, pois foram muitas as tentativas de obter a graduação e pensar que agora faltam poucos passos é inexplicável...
Só em pensar em toda a trajetória que percorri meus olhos se enchem de lágrimas...
Ah o TCC... focar e escrever.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Compartilhando o estágio...


    Aula do dia 2/10/18


A PRIMAVERA DA LAGARTA - Ruth Rocha


Grande comício na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira!
Dona formiga convocou a reunião. -Isso não pode continuar!
-       Não pode não! Apoiava o camaleão.
-       É um desaforo. A formiga gritava. _É um desaforo!
-       É mesmo. O camaleão concordava.
A joaninha que vinha chegando naquele instante perguntava: Qual é o desaforo, hein?
-       É um desaforo o que a lagarta faz!
-       Come tudo o que é folha! Reclamava o Louva-a-deus.
-       Não há comida que chegue!
A lagartixa não concordava: - Por isso não que as senhoras formigas também comem.
-       É isso mesmo! Apoiou o camaleão que vivia mudando de opinião.
-       É muito diferente, depois a lagarta é uma grande preguiçosa, vive lagarteando por aí.
-       Vai ver que a lagartixa é parente da lagarta. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.
-       Parente não! Falou a lagartixa. - É só uma coincidência de nome!
-       Então não se meta!
-       Abaixo a lagarta! Disse o gafanhoto. - Vamos acabar com ela!
-       Vamos sim! Gritou a libélula. Ela é muito feia!
O Senhor Caracol ainda quis fazer um discurso: - É, minhas senhoras e meus senhores, como é para o bem geral e para a felicidade nacional, em meu nome e em nome de todo mundo interessado, como diria o conselheiro Furtado, quero deixar consignado que está tudo errado. Mas como o caracol era muito enrolado, ninguém prestava atenção no coitado.
Já estavam todos se preparando para caçar a lagarta.
-       Abaixo a feiura! Gritava aranha como se ela fosse muito bonita.
-       Morra comilona! Exclamava o Louva-a-deus como se ele não fosse comilão também.
-       Vamos acabar com a preguiçosa! Berrava a cigarra esquecendo a sua fama de boa vida.
E lá se foram eles, cantando e marchando:
-       Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
-       Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
Mas, a primavera havia chegado, por toda a parte havia flores na floresta, até parecia festa. Os passarinhos cantavam e as borboletas, quantas borboletas de todas as cores, de todos os tamanhos borboleteavam pela mata. E os caçadores procuravam pela lagarta:
-       Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
-       Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
E perguntavam para as borboletas que passavam:
-       Vocês viram a lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa.
As borboletas riam, riam, iam passando e nem respondiam. Até que veio chegando uma linda borboleta.
-       Estão procurando a lagarta da amoreira?
-       Estamos sim. Aquela horrorosa, comilona.
E a borboleta bateu as asas e falou:
-       Pois, sou eu.
-       Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!
E a borboleta sorrindo explicou:
-       Toda lagarta tem seu dia de borboleta, é só esperar pela primavera.
-       Não é possível, só acredito vendo!
-       Venha ver! Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
Todos correram para ver. E ficaram quietinhos espiando. E a lagarta foi se transformando, se transformando até que de dentro do casulo nasceu uma borboleta.
Os inimigos da lagarta ficaram admirados
-       É um milagre!
-       Bem que eu falei. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.
E a borboleta falou: _É preciso ter paciência com as lagartas se quisermos conhecer as borboletas.



Moral da história:
Não devemos apontar os defeitos dos outros, todos temos nossos defeitos também. Devemos ter paciência com o tempo de evolução de cada um, porque como diz a historinha, precisamos ter paciência com as lagartas se quisermos conhecer as borboletas.
  Atividades:

  1. Breve explicação do que é FÁBULA.
  2. Vídeo:
      Vídeo da história disponível em:
  1. Roda de conversa sobre a moral da história.
  2. Registro coletivo da moral da história no quadro.
  3. Procure no texto as frases dos animais que colocaram defeitos na lagarta esquecendo os seus.
Exemplo:
- Morra comilona! Exclamava o Louva-a-deus como se ele não fosse comilão também.
  1. Dobradura da borboleta para enfeitar a sala
  2. Pintura de flores para enfeitar a sala
  3. Fotocópia: cálculos de adição e subtração
  4. Caixa de atividades extras


Essa foi uma das aulas mais especiais do estágio e por esse motivo estou publicando aqui.Na ocasião todos os alunos mantiveram-se atentos a história, tanto que ela rendeu muitas curiosidades que resultaram em uma mudança no plano semanal para contemplar o interesse dos alunos do 3º ano.Eles pediram para saber mais sobre as borboletas e para esse estudo apreciamos o livro "Loreta, a borboleta xereta".    




https://josianafelix.blogspot.com/2016/11/classificar-e-ciencias.html

Classificar é Ciências?

Atividade realizada com meu filho João Vitor de 6 anos que frequenta o Pré 2 (Jardim B)

Material: Potinhos de tinta têmpera e outros de cola colorida.

Procedimentos: Primeiramente peguei todas as tintas e coloquei em cima da cama e pedi que ele organizasse.
A primeira atitude foi pegar as caixinhas e guarda-las, mas logo me advertiu:
- Não deveria ser você a guardar? Foi você que espalhou.
Então, eu expliquei que era um trabalho para a faculdade e que ele não precisava se preocupar em guardar, mas sim em separar as tintas em grupos.
Logo, ele começou a separar todas as tintas por cores.
Deixei. Depois questionei: como tu estás separando?
- Estou fazendo o grupo dos azuis, vermelhos, amarelos. Laranjas, pretos, verdes, coloridos (cores fortes que não tinha repetidas) e pouco coloridos (cores fracas que não tinha repetidas).
Ele deixou os tubos de cola colorida de lado. Aí perguntei:
-E com essas aqui o que tu podes fazer?
Então, ele fez o mesmo procedimento, separou por cores novamente.
Fui além.
- Filho, e se eu te pedisse para misturar tudo e formar grupos dessas tintas juntos?
Aí ele separou novamente por cores e destacou que as cores eram as mesmas, a forma redonda dos tubos também, mas que os tamanhos e as tampas eram diferentes.


Classificar é ciências sim, pois as vivências interferem na hora de classificar. 




É interessante ver observar como as crianças pensam, o que levam em consideração na hora de classificar.

Fiquei encantada com as respostas dadas por ele mesmo tendo apenas 6 anos.
Ciências é vida! 
Muitas vezes fico pensando que Ciências as vezes fica esquecida. pois temos tantos "conteúdos" para ensinar. Alfabetizar, ensinar a contar e mais tantas outras coisas... Começo a perceber que ciências está presente em muitos momentos e não só quando falamos sobre os animais, por exemplo.


Diante dessa atividade, que mais parecia uma brincadeira é possível perceber que é preciso conhecer o significado de interdisciplinaridade para identificá-la nas diferentes situações... 
Essa atividade contemplou diferentes áreas de conhecimento que na ocasião em que a propus, acredito que não percebi, mas revisitando e relendo esse texto, pude observar que não só Ciências estava presente, mas também, Português, Matemática e Arte.   

TCC


Desde o início do curso já tinha certo interesse em temática que envolvesse a inclusão, pois desde 2011, quando comecei a trabalhar com turmas de Ensino Fundamental, sendo na maioria das vezes com 3° ano, esse é um assunto que me intriga, me provoca e por vezes até me angustia.
E para confirmar essa vontade, ao voltar ao trabalho, após férias de julho, depois de um período em casa em Licença Maternidade, me deparo com uma turma de 3º ano, com três alunos incluídos, um com autismo, acompanhado de uma profissional de apoio, e outros dois com deficiência física, foi aí que tive a certeza de que esse deveria ser o tema do meu TCC.
Minha principal preocupação não é só incluir o aluno com deficiência, socialmente, mas proporcionar que ele desenvolva suas potencialidades, pois acredito na capacidade de cada indivíduo independentemente das suas limitações.
A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. (BRASIL, 2008, p. 1).
Há uma certa agonia e preocupação por não me sentir preparada para lidar com determinadas situações e até mesmo os manejos com certos alunos em virtude de motivos variados: falta de informação, formação, estrutura, recursos, entre outros.
A Lei nº. 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir ‘tratamento especial’ para os alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”, não promove a organização de um sistema de ensino capaz de atender as necessidades educacionais especiais e acaba reforçando o encaminhamento dos alunos para as classes e escolas especiais. (BRASIL, 2008, p. 3).
Além da falta de estrutura e formação, que são os fatores mais agravantes, penso que é no 3° ano que as maiores complicações aparecem, pois, infelizmente o ensino encontra-se enfraquecido. É no 3° ano que os alunos precisam consolidar a alfabetização, além do “turbilhão” de conteúdos e aí qual o tempo que sobra para o professor dar a devida atenção àquele aluno incluído? Sendo que na maioria das vezes as turmas são lotadas e os alunos possuem diferentes necessidades/dificuldades. Além do professor não ter, em sua maioria, formação adequada para atender o aluno com deficiência, ainda possui uma demanda extensiva, que acabam por não serem atendidas, tornado o ensino cada vez mais defasado.  
Diante de tais inquietações, a ideia é fazer um estudo de caso sobre a experiência docente.
Segundo Yin (2005), o estudo de caso pode ser uma importante estratégia metodológica para a pesquisa em ciências humanas, porque permite ao investigador um aprofundamento em relação a problemática estudado. Ao mesmo tempo, o estudo de caso favorece uma visão da totalidade dos acontecimentos vivenciados, destacando-se seu caráter de investigação empírica de fenômenos contemporâneos.
Assim sendo, pretendo utilizar como estratégia investigativa, entrevistas. Os entrevistados serão professores em diferentes campos de atuação: direção, sala de aula, sala de recursos, na intenção de confrontar as respostas e a visão de cada um sobre a problemática, de modo que ao final seja possível chegar o mais perto possível de uma resposta que seja favorável a melhoria da minha prática de ensino e quem sabe poder compartilhar as descobertas com outrem.






Refletindo sobre o fim do estágio


Embora a prática de ensino não seja algo novo, pois já atuo como professora desde 2003, o estágio parecia um tanto amedrontador.
Costumo trabalhar com sequências didáticas, mas não projetos, então a elaboração do projeto, acredito que foi a etapa mais desafiadora, pois já não estava habituada a fazê-la desde os tempos do Magistério.
Por fim, a etapa de elaboração do Projeto de Estágio, foi vencida e aí veio a inquietação da vista do Orientador, pois dar aula com alguém ali “avaliando’ também não me parecia algo tranquilo de vivenciar, mas felizmente mais essa etapa foi ultrapassada com tranquilidade.
Felizmente a prática pedagógica deu-se de forma muito natural e positiva. Os alunos se mantiveram entusiasmados e participativos ao longo de todo projeto de estágio, que acabou por nos acompanhar até os últimos dias de aula.
O estágio me proporcionou refletir a prática, aprender e a ter uma visão mais positiva sobre determinados assuntos, principalmente os relacionados a área da inclusão, e a reafirmar que estou no caminho certo de sempre pensar no melhor para meus alunos.
Para o semestre que segue fica o desejo de realizar um bom TCC, embora ele ainda me cause certas inquietações e até mesmo insegurança e continuar a desempenhar a profissão que escolhi.
Fica aqui também meus sinceros agradecimentos ao professor Paulo que me transmitiu muita paz e sabedoria ao longo de todo o estágio, agradeço também ao tutor Pablo, por todo suporte EAD e a minha família que muitas vezes abdica da minha companhia, para que eu possa alcançar o objetivo de me formar em Pedagogia na UFRGS.

“Quando o homem compreende a sua realidade, pode levantar hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções. Assim, pode transformá-la e o seu trabalho pode criar um mundo próprio, seu Eu e as suas circunstâncias”.
Paulo Freire

https://josianafelix.blogspot.com/2016/09/tenho-medo-de-escrever.html

Tenho medo de escrever


"Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto — e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente. Mas é um vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras — quais? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo". 
Clarice Lispector, in 'Um Sopro de Vida"

De fato, sou umas das pessoas que tem medo de escrever... 
Difícil saber usar as palavras certas, da forma certa,  de modo que seja compreendida com a mesma intenção em que foi escrita.
As vezes quero expressar algo e a pessoa que lê entende de uma forma diferente da que pensei. Escrever requer atenção e saber usar as palavras.
Uma boa forma de aprender a escrever, é ler... Aí vem aquela ideia: "puxa, mas essa pessoa escreveu exatamente o que eu queria dizer". Daí vem outra história: o plágio.
Plagiar é apresentar como da própria autoria (obra artística, científica etc. que pertence a outrem).
É preciso ter cuidado na hora de escrever e aprender a colocar suas ideias sem copiar as dos outros e colocar as devidas referências, aqueles cujas as ideias, nos servem naquele momento. 
Ler serve para inspirar, mas as vezes é preciso copiar a ideia de certo autor na integra ou "com suas próprias palavras", para tal, devemos nos utilizar das citações que podem ser diretas ou indiretas.

A partir dessa reflexão aprendi a me expressar melhor na escrita, inclusive arrisquei uma escrita poética em meu relatório de TCC...
No poema exponho meus sentimentos com relação aos meus sentimentos com relação a minha vida atualmente... Confesso que senti orgulho dessa autoria!!!



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

https://josianafelix.blogspot.com/2016/07/narrativa.html


Cinderela do século XXI

                                
Na cidade de Porto Alegre mora uma menina chamada Cinderela. Cinderela é uma menina linda que ficou órfã de mãe ao nascer. O pai dela, o senhor Walter sempre a cuidou com muito carinho e amor. Ele tinha uma preocupação em arrumar uma “mãe” para sua filha. Quando ela tinha 2 anos ele resolveu morar junto com Filomena que tinha duas filhas gêmeas da mesma idade. Filomena parecia ser uma pessoa boa, mas com o passar do tempo, começou a mostrar-se invejosa e malvada. Cinderela era linda e sem nenhum esforço. Já suas filhas eram bem feinhas, Um dia a madrasta de Cinderela e seu pai viajaram para a Gramado e na volta infelizmente sofreram um acidente. Walter morreu e Filomena ficou com uma enorme cicatriz no rosto. Desde esse dia ela pegou mais implicância ainda com a enteada. A moça passou a ser explorada por ela e suas filhas. No ano seguinte as três meninas foram para o ensino médio e lá conheceram Eduardo, que era filho do Diretor. Eduardo era lindo e muito popular. Em setembro, sempre acontecia a festa da primavera e era de praxe que a Rainha dançasse com Eduardo. Ele fazia questão, para manter a popularidade, mas era um bom guri, justo e educado. As meninas ficaram entusiasmadas para o baile, mas a pobre da Cinderela já sabia que não poderia ir, pois não tinha nenhuma roupa para festas. Dito e feito, Filomena comprou vestidos lindíssimos para as filhas e disse que se Cinderela limpasse a casa direitinho poderia usar um de seus vestidos velhos. Por sorte, Cinderela tinha uma vizinha que era como uma fada madrinha para ela. Era uma senhora humilde, mas de um coração gigante, que assim que soube tratou de reformar um vestido seu antigo, sem que Cinderela soubesse. No dia do baile, Cinderela foi passar o vestido velho que havia arrumado para ir ao baile e o encontrou todo manchado. A mocinha começou a chorar e correu até a casa de dona Maria sua vizinha. Ao chegar lá encontrou a senhora, finalizando sua surpresa, um vestido lindo e finalmente poderia ir ao baile. Cinderela começou a se arrumar, dona Maria fez uma maquiagem linda nela, mas advertiu: - Essa maquiagem tem duração de seis horas, então meia noite você precisa ir embora ou irá ficar toda borrada. Cinderela compreendeu e em seguida chegou seu Uber para leva-la até a festa. Chegando lá, todos ficaram admirados com sua beleza, principalmente Eduardo que dançou com ela a noite todo mesmo antes de ter ganho o prêmio de Rainha da Primavera. Meia noite tocou o despertador de seu celular e Cinderela deve que partir. Eduardo nem se quer conseguiu terminar de anotar o número de seu WhatsApp. As filhas da madrasta trataram logo de contar que Cinderela foi ao baile e só ela quis dançar com Eduardo. A madrasta indignada, transferiu-a para um colégio interno bem longe. Eduardo procurou-a no Facebook, Instagram, grupos de WhatsApp e nada. Somente após completar o Ensino Médio é que pode sair do colégio interno. Para sua felicidade, conseguiu passar no vestibular da UFRGS e no dia da matrícula por força do destino, esbarrou-se com Eduardo. Foi amor à segunda vista. Desde então eles estão namorando. Já marcaram a data do noivado e planejam casamento. Quanto a madrasta, Cinderela ganhou causa na justiça, conseguiu provar maus-tratos e a megera vai prestar serviços comunitários nos próximos dez anos.

Análise da escrita:


Revisitando as postagens de eixos anteriores, encontrei essa que foi uma proposta de escrita a partir de outra. Ao reler, pude perceber que esse era uma espécie de “treino” para a escrita autoral.Durante toda a caminhada do curso, houveram propostas pertinentes que pudessem vir a auxiliar na esperada mas intimidadora escrita do TCC.Essa foi penas uma “historinha” criada a partir de uma versão tradicional, que ao ler novamente, foi possível refletir sobre a importância de uma escrita autoral e como buscar      subsídios em outros autores, sem “copiar”, mas sim sustentar e referenciar devidamente.