domingo, 30 de junho de 2019

Releitura da postagem https://josianafelix.blogspot.com/2018/06/tecnologias-digitais-de-informacao-e.html


“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”. (BNCC)


Sobre as propostas de aplicação das chamadas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no ambiente escolar, reunimos a opinião de especialistas de sistemas de ensino que já oferecem essas possibilidades a seus parceiros.

Com a homologação da BNCC, a proposta do Ministério da Educação (MEC), é que os currículos escolares sejam adaptados ao longo do ano, já que a implementação da nova base deve ser iniciada em 2019 e se prolongar até 2020. É o momento de conhecer, adaptar ou, até mesmo, descobrir quais Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação se adequam à realidade da instituição de ensino, impactando de forma positiva professores, gestores, pais e, é claro, alunos.

Para a Alonso, Aragón, Silva e Charzuk (2014, p. 154), amplia-se o anterior quando:

“cultura digital”, é importante perceber que os elementos e características até o momento postos, adquirem materialidade quando pensados conjuntamente por serem interdependentes, implicando-se mutuamente, por isso a ideia de fluxo que se movimenta a depender da maneira pela qual o conjunto se forma. Daí a complexidade de compreensão do vivido, de como são atravessadas as experiências humanas mediadas tecnologicamente, característica fundamental da “cultura digital”.

Evidentemente que tal uso é a expressão mais clara de transformações profundas por que passam as sociedades, principalmente as ocidentais. No movimento de criação, recriação, uso e reinvenção das TIC, há uma gama enorme de acontecimentos que mobilizam nossos cotidianos e modos de ser e estar no mundo. Se, no campo econômico, as sociedades tecno - informacionais priorizam o uso das TIC para integrar a produção, como nos ensinou Santos (1996), no âmbito do consumo das mídias digitais – internet, telefonia móvel, jogos de computador, televisão interativa, entre as principais – tem-se, como afirmou Buckingham (2010, p. 37-38), elemento “indispensável no tempo de lazer das crianças e jovens. De fato, a primeira relação deles com tecnologia digital já não ocorre no contexto escolar como fora nos anos de 1980 e mesmo no início dos 1990, pois ela se tornou do domínio da cultura popular”. Essa é uma ruptura importante para se pensar o contexto educacional em suas possibilidades e impossibilidades, tratando disso e do uso mais intenso das TIC.
Quando se constata que a cultura digital ainda está em construção e que da compreensão do seu processo de instauração depende a manutenção das nossas democracias; que as tecnologias digitais abrem possibilidades de verdadeiros avanços sociais e econômicos, bem como geram riscos de sérios retrocessos; que as escolas podem e precisam assumir papel protagonista nesse processo e nem esgotando a discussão, que as tecnologias digitais criam novas e promissoras possibilidades pedagógicas que podem contribuir na superação dos complexos desafios enfrentados pelas instituições escolares nos dias de hoje.

Outro aspecto da relevância está no grande aprendizado resultante do processo. A gestão do projeto, fundamentada na gestão colaborativa (CERNY, 2009), gerou uma grande ação coletiva iniciada já na fase da concepção das diretrizes pedagógicas e mantida durante a criação e o desenvolvimento dos materiais. Todo o material, de domínio público e totalmente acessível via computadores e dispositivos móveis, compõe um acervo que esperamos possa estabelecer uma nova fronteira para a formação de professores na cultura digital. Os materiais foram concebidos para serem utilizados em diferentes contextos, possibilitando diferentes metodologias de formação, pois podem ser combinados de diversas formas, gerando processos formativos mais adaptados à realidade da escola.

Assim, além da própria gestão colaborativa, que já se constituía por si só numa inovação, muitos outros aspectos inovadores surgiram durante sua execução, devidos principalmente à ampla interlocução e à troca de ideias entre profissionais de diferentes idades, instituições, práticas e áreas acadêmicas (foram em torno de 150 pessoas de todo o Brasil). Sem dúvidas algo inovador e que deu certo, porém parou no tempo, os equipamentos ainda são de 2009, o que impede diversas atualizações e programas mais modernos e eficazes para os dias atuais.

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