Alguns alunos acabam por abandonar os
estudos pelos mais variados motivos: desinteresse, negligência da família,
necessidade de trabalhar cedo, gravidez precoce, entre outros. E a EJA
oportuniza a conclusão da escolarização a esse público, de forma diferenciada e
com tempo de duração mais curto.
Funções da Educação de Jovens e Adultos
- reparadora- garantir o direito ao estudo que lhes foi negado outrora;
- equalizadora- dar oportunidade àqueles que não puderam estudar na idade certa
- qualificadora- mostrar que todos são capazes de desenvolver sua potencialidades
Acontecimentos importantes na história da EJA
1854 -
surgiu a primeira escola noturna no Brasil cujo intuito era de
alfabetizar os trabalhadores analfabetos.
1881 - foi concebido o Decreto nº 3.029,
conhecido como “Lei Saraiva”, que
proibia o voto dos analfabetos por considerar a educação como ascensão social.
1910 - houve a expansão da rede escolar, e as
“ligas contra o analfabetismo”, que visavam à imediata supressão do analfabetismo,
vislumbraram o voto do analfabeto.
1942 - a educação profissional passa a ser
vislumbrada como importante veículo para que os cidadãos tenham acesso às
conquistas tecnológicas da sociedade como um todo.
1947 - realização do 1º Congresso Nacional de
Educação de Adultos.
1949 - realização do Seminário Interamericano
de Educação de Adultos.
1958 - Juscelino Kubitscheck de Oliveira,
então presidente da república, convoca grupos de vários estados para relatarem
suas experiências no “Congresso de Educação de Adultos”.
1967 - o Movimento Brasileiro de
Alfabetização (MOBRAL) e a Cruzada ABC, constituíram-se em movimentos
concebidos com o fim básico de controle político da população, através da
centralização das ações e orientações, supervisão pedagógica e produção de
materiais didáticos.
1971 - a Lei nº. 5.692 (BRASIL, 1971)
regulamenta o Ensino Supletivo (esse grau de ensino visa a contemplar os jovens
adultos).
1985 - o Movimento Brasileiro de
Alfabetização (MOBRAL) é extinto.
1990 - ocorre a descentralização política da
EJA, transferindo a responsabilidade pública dos programas de alfabetização e
pós-alfabetização aos municípios.
1995 - a Lei nº. 9.394 faz referência aos
cursos e exames supletivos e, assim, continua a ideia da suplência, de
compensação e de correção de escolaridade. A redução das idades mínimas de 18
para 15 anos para o ensino fundamental e de 21 para 18 anos para o ensino médio
vem corroborar com a desqualificação desta modalidade de ensino.
1996 - O Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) aponta,15.560.260 pessoas analfabetas na população de 15
anos de idade ou mais, perfazendo 14,7% do universo de 107.534.609 pessoas
nesta faixa populacional.
2000 - Parecer CNE/CEB nº 11
das Diretrizes Curriculares para a EJA descreve essa modalidade de ensino por
suas funções: reparadora, pela restauração de um direito negado; equalizadora,
de modo a garantir uma redistribuição e alocação em vista de mais igualdade na
forma pela qual se distribuem os bens sociais; e qualificadora, no sentido de
atualização de conhecimentos por toda a vida.
2003 a 2006 - criação do Programa Brasil
Alfabetizado.
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