quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Questões Étnico-Raciais

       

      A interdisciplina de Questões Étnicos Raciais, trouxe importantes considerações acerca da temática Diversidade, relacionadas principalmente as questões relacionadas a discriminação e preconceito na escola.
            O censo escolar é o mais completo levantamento estatístico sobre a educação básica do Brasil, no cadastro de aluno constam informações individualizadas sobre cada um dos alunos: sexo, cor/raça, idade, etapa e modalidade de ensino que frequenta, nacionalidade, local de nascimento, turma que frequenta, utilização de transporte escolar, tipo de deficiência, entre outras. 
           Branco, preto, amarelo, pardo e indígena: essas são as cinco categorias de pertencimento racial para as quais a população é habitualmente apresentada em questionários e formulários, utilizados em censos, pesquisas e registros administrativos no Brasil. Se esses cinco termos são capazes de resumir as identidades raciais de cerca de 200 milhões de brasileiros/as, é uma questão bastante subjetiva. Fato é que, em virtude das desigualdades que atravessam as condições de vida de brancos, negros, indígenas e orientais, em distintas esferas sociais, convivemos com a necessidade de pensar nossa sociedade em termos de relações raciais e, para tanto, a adoção de certas categorias mostram-se indispensáveis, uma vez que tornam inteligíveis estruturas presentes na vida social.
                Petruccelli (2013) afirma:
 “que não há nada que seja inerente às pessoas ou que se ofereça espontaneamente de forma “natural” nos traços físicos que se destacam para constituir uma cor ou raça na percepção 10 Textos para Discussão 41 dos seres humanos. A identificação de determinadas feições e o seu revestimento de um significado “racial” exige um contexto ideológico específico que lhes outorgue sentido. Denominados correntemente como marcas fenotípicas, tais traços têm significado apenas no interior de uma ideologia preexistente e é só por isso que eles funcionam como marcas ou como critérios de classificação”.
            A partir desses estudos, escolhi uma turma de 1º ano, a qual atuei em 2017, para fazer o levantamento dos dados coletados através do censo escolar.
            O fato que mais me chamou a atenção, foi que a maioria dos alunos estão declarados como sendo de raça/cor branca, informação essa que não é verdadeira em sua grande maioria.
            Por que será que isso ocorre?
            Penso que isso é consequência de uma bagagem cultural sofrida e desigual, a qual somente brancos eram os detentos de poderes e oportunidades.
            Guimarães (2009), definiu:
 a “realidade” das raças se limita ao mundo social e pode ser considerado um produto das relações de poder que, historicamente, alocaram indivíduos e grupos em posições distintas da hierarquia social, em função de características fenotípicas tal como estas eram percebidas e significadas socialmente. Nesse contexto, a noção de raça foi oportunamente mobilizada para justificar desigualdades supostamente naturais, num exercício de representar simbolicamente identidades produzidas a partir de referenciais físicos e culturais que distinguiam os variados povos, nações e sociedades.
            Com relação a falsa suposição de que cor é um fenômeno natural, Guimarães (2009, p. 46) afirma que “a aparência física e os traços fenotípicos são fatos objetivos, biológicos, e neutros com referência aos valores que orientam a nossa percepção”.
            Ciente das desigualdades e discriminações que atingem a população negra, convicto de sua função mediadora entre o Estado, sistemas de ensino e demandas da população na sua diversidade social, étnico-racial, o Conselho Nacional de Educação (CNE) interpretou as determinações da Lei 10.639/ 2003 que introduziu, na Lei 9394/1996 das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a obrigatoriedade do ensino de história e cultura Afro-Brasileira e Africana. E, ao orientar a execução das referidas determinações, colocou, no cerne dos posicionamentos, recomendações, ordenamentos, a educação das relações étnico-raciais.
            Diante dos dados levantados na turma, fica nítido a importância de abordar tais assuntos em sala de aula. É importante que todos conheçam a história do negro no brasil e aprendam a não ter qualquer tipo de receio em autodeclarar-se com o real pertencimento grupo racial.
            SILVA, 1993 afirma:
A problemática da diversidade no Brasil, embora apareça nas discussões educacionais nos 1990, é antiga, acompanha a história de lutas por inserção cidadã na sociedade empreendidas por indígenas, negros, sem-terra, empobrecidos, outros marginalizados pela sociedade.
            A educação das relações étnico-raciais tem por alvo a formação de cidadãos, mulheres e homens empenhados em promover condições de igualdade no exercício de direitos sociais, políticos, econômicos, dos direitos de ser, viver, pensar, próprios aos diferentes pertencimentos étnico raciais e sociais.

REFERÊNCIAS
GUIMARÃES, A. S. A. Raça e os estudos de relações raciais no Brasil. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, n. 54, p. 147-156, 1999.
______. Como trabalhar com “raça” em sociologia. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 29, n. 1, p. 93-107, 2003.
______. Racismo e antirracismo no Brasil. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 2009[1999]. 256 p.

SILVA, Petronilha B. G. e; MAIGA, Hassimi; KING, Joyce E.; WEDDERBURN, Carlos, M.; SHUJAA, M. J.; BARBOSA, Lúcia Maria de A; OLIVEIRA, Rachel de. Ensinar e aprender, na perspectiva de raízes africanas, em contextos multiculturais. São Carlos: UFSCar, Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, 2006. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES NEGROS, IV., Salvador, 2006.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

À sombra desta mangueira

        

         Paulo Freire afirma que o diálogo é uma prática que deve ser fundamental, favorecendo a democracia, e o papel do educador é fazer com que essa comunicação aconteça sempre.
         O autor diz que “não há dialogicidade sem comunicação”, constatando que a comunicação e a informação são os caminhos de origem da tecnologia, que vem se transformando e evoluindo ao longo dos tempos.
         As pessoas são seres inacabados, ou seja, que aprendem ao longo de sua vida. Nesse sentido, é preciso ter consciência do inacabado, para que a busca do saber não se esgote, entender que não se sabe tudo, é uma fundamental. A curiosidade é primordial nessa busca que deve ser constante e consciente.
         A intenção do texto é provocar o educador a pensar sobre a sua prática, no sentido de entender que a participação do educando no processo de busca e apropriação do conhecimento é fundamental. O educando precisa ser desafiado a querer saber mais, sem que receba inúmeras informações, que se transformam em “meras decorebas”, sem significado e importância para a sua vida.
         A curiosidade está presente na vida das pessoas seja ela de forma consciente como também inconsciente.



Referências:
FREIRE, Paulo, À Sombra desta mangueira. São Paulo: Ed. Olho D’água,2000.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Preconceito Racial na Escola

        Visando atender a solicitação de atividade da Interdisciplina de Filosofia, juntamente com as necessidades e cronograma de trabalho da escola, abordei com uma turma de 5º ano o assunto “Preconceito Racial”.
         Os alunos se dividiram, por afinidades em pequenos grupos e tinham por desafio pesquisar, elabora um cartaz e organizar uma apresentação aos outros colegas.
         O trabalho despertou um grande interesse nos alunos, por ser um tema que vem de anos de história.
         Todos realizaram o trabalho com bastante empenho e dedicação e ótimas discussões foram acontecendo ao longo das discussões. Os alunos mostraram-se bastante envolvidos e abordaram as mais variadas situações dentro da temática.
         Como desfecho da atividade, a professora de Apoio, que ao assistir apresentações tão interessantes pediu um espaço para dar seu relato de situação em que sofreu preconceito e como ela se sentia sendo negra. Foi aplaudida por todos culminando as apresentações.
         Acredito que foi um trabalho que além de contribuir grandiosamente nas aprendizagens e vivências de cada um, foi prazeroso.


Os Estádios do Desenvolvimento Cognitivo


     
De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas cognitivas derivando cada estrutura de estruturas precedentes. ... Essas construções seguem um padrão denominado por Piaget de ESTÁGIOS que seguem idades mais ou menos determinadas. São eles:

SENSÓRIO- MOTOR (desde o nascimento até os 2 anos aproximadamente)
PRÉ-OPERATÓRIO (dos 2 aos 7 anos)
OPERATÓRIO CONCRETO (dos 7 aos 12 anos)
OPERATÓRIO FORMAL (dos 12 anos em diante)


SENSÓRIO- MOTOR: A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca
.

PRÉ-OPERATÓRIO: Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica . Caracteriza-se, principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório-motor). 
A criança deste estágio:
  • É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
  • Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").
  • Já pode agir por simulação, "como se". 
  • Possui percepção global sem discriminar detalhes.
  • Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.



OPERATÓRIO CONCRETO: A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, ..., já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração.
desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
Exemplos:
despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.



OPERATÓRIO FORMAL: A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.
Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da ideia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.


Fonte: http://penta.ufrgs.br


Sobre crocodilos e avestruzes



O texto: “Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação” de Lígia Assumpção Amaral, remete as relações entre pessoas diferentes.
A autora salienta que os preconceitos que carregamos ao longo da vida ao nos referirmos aos “diferentes”, como ceguinho, mudinho, vesguinho, nem sempre são percebidas como atitudes preconceituosas.
Dentro da escola essas vivencias são refletidas e nem sempre é fácil para o professor gerenciar essa questão das “diferenças”. Isso tudo porque a sociedade criou um padrão ideal e o que não se enquadra nesses requisitos já é considerado “anormal”.
Na prática, é importante trabalhar com os alunos o “ser diferente”, para que assim aprendam a respeitar essas individualidades. Os alunos precisam saber que o que é preconceito e como não praticá-lo.
Sofrer qualquer tipo de preconceito é triste demais e faz um mal que só quem já sofreu sabe.
A escola como um todo deve fazer com que questões relacionadas aos diversos tipos de preconceitos façam parte do cotidiano escolar, onde cada professor juntamente com seus alunos deve promover a conscientização dos mesmos para que assim eles se tornem multiplicadores do saber e assim possam contribuir para que tenhamos um mundo mais justo, ético e igualitário.



Educação Especial


Algumas informações importantes:

Qual a definição de pessoa com deficiência? De acordo com a ONU, pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.


O que é o Atendimento Educacional Especializado (AEE)? É um conjunto de atividades, recursos pedagógicos e de acessibilidade, oferecidos de forma complementar ou suplementar à escolarização dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação matriculados nas classes comuns do ensino regular. Esse conjunto de atividades, registradas no Projeto Político Pedagógico de cada escola, é realizado, preferencialmente na Sala de Recurso Multifuncionais, individualmente ou em pequenos grupos, em turno contrário ao da escolarização.


O que é a Sala de Recursos Multifuncionais? Espaços localizados nas escolas de educação básica onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Constituem-se de mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos de acessibilidade e equipamentos de tecnologia assistiva. O AEE é realizado pelo professor regente com formação em Educação Especial.




    

Fotos da Sala de Recurso da EEEF Bigadeiro Silva Paes - Professora Liliane Roman

Algumas atividades que são desenvolvidas pela Professora Liliane:

ü  Incentivar através da valorização de suas ações nos atendimentos, partindo de suas experiências, utilizando jogos, histórias,
ü  Elaborar histórias orais diversas através de técnicas diferenciadas: figuras, fantoches, caixa surpresa, etc. Logo após, estimular a escrita da história, nomes dos personagens , produção de frases e textos ...
ü  Utilização de diversos tipos de jogos para que se efetive a alfabetização como: bingo de letras,sílabas e palavras, alfabeto silábico, dominó de palavras, jogo da memória (desenho X palavras, letras, palavras de encaixe).
ü  Atividades que estimulem a escrita e a leitura: a) cruzadinha, autoditado, caça-palavras; b) leitura, escrita e ilustração de poesias, parlendas, trava línguas e quadrinhas; c) expressar suas experiências por escrito, como também escrever bilhetes, convites e recados para as pessoas que desejar;
ü  Atividades em que o aluno exercite a sua compreensão matemática: historinhas nesta área e simulação de compra e venda utilizando o sistema monetário com notas e moedas de brinquedo;
ü  Uso de jogos de raciocínio, tomada de decisão, percepção, atenção e concentração, como: tangram, dominó de quantidades, adição, subtração, correspondência, jogo de varetas, memória, jogos com o material dourado;

ü  Realização de atividades no computador: a)jogos de alfabetização, raciocínio lógico-matemático, atenção, concentração; b) leitura de histórias, livros e jogos virtuais on-line.

Edgar Morin



         Edgar Morin trouxe um conjunto de inspirações para melhorar a educação, levando- nos a refletir sobre a prática docente.
         O texto " As cegueiras do conhecimento", mostra que precisamos nos preocupar em preparar os alunos para os desafios da vida cotidiana, ajudando-os a desenvolver suas características com o propósito de não induzir ao erro e a ilusão. 
          Cada indivíduo precisa estar preparado para enfrentar situações e riscos da vida com sabedoria e discernimento e o conhecimento é a base.



         O vídeo abaixo traz importante considerações.


"Será preciso ensinar princípios de estratégias que permitam enfrentar os imprevistos e as incertezas na complexidade do mundo contemporâneo. É preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquipélagos da certeza".
Edgar Morin

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Relato de Preconceito II


Método Clínico Piagetiano


A Prova Operatória realizada foi a CONSERVAÇÃO DO NÚMERO com JV (7 anos e 3 meses aluno do 1º ano do EF)
Material utilizado: 12 tampinhas de pet de uma cor e 12 de outra
Inicialmente dei 12 tampinhas para JV e fiquei com as outras 12. Em seguida, coloquei 7 tampinhas de garrafa laranja e pedi que JV colocasse a mesma quantidade das suas tampinhas brancas, imediatamente ele teve a iniciativa de contar as minhas tampas e em seguida as dele e assim afirmou que tínhamos a mesma quantidade, pois cada um tinha 7. Depois deixei espaços entre as minhas e perguntei quem tinha mais, a reação dele foi contar novamente, uma das minhas tampinhas ficou um pouco escondida e ele de início respondeu que ele tinha mais. Então, deixei a tampa mais a mostra e o questionei se ele tinha certeza, logo ele perguntou se aquela fazia parte, pois de fato parecia que não fazia e quando respondi que sim, que fazia parte ele logo disse que então tínhamos a mesma coisa e que a única diferença é que as minhas estavam espaçadas e as dele juntas, mas que a quantidade era a mesma. Por final coloquei-as na mesma posição e perguntei novamente que tinha mais e ele respondeu que ninguém, que tínhamos a mesma coisa. Em todos os momentos JV utilizou a contagem para comparar as quantidades.
Local da aplicação: Em casa, em ambiente silencioso.


Considerações sobre o Preconceito

           O preconceito perpetua na história da humanidade durante muitos anos e somente com o passar dos anos é que a gravidade de atitudes discriminatórias foi reconhecida.
            A Wikipédia define Preconceito:   
Preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, culturas, religiões, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Ao ser usado no sentido pejorativo costuma ser simplista, grosseiro e maniqueísta. As formas mais comuns de preconceito são: socialracial, cultural e sexual.
            Desde que esse ato foi definido como uma manifestação negativa e prejudicial as vítimas algumas medidas foram tomadas e uma delas foi a instituição da LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010:
Art. 1o  Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.

            Diante da pesquisa realizada sobre o assunto, constatei que das 59 pessoas que responderam, 34 já sofreram algum tipo de preconceito e embora a sociedade demonstre maior preocupação com tais questões e as escolas cada vez mais tenham abordando o assunto nas salas de aulas esse dado é ainda bem preocupante e requer bastante atenção.


 Ninguém nasce racista
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.” Nelson Mandela


domingo, 14 de janeiro de 2018

O impacto das redes sociais na vida das pessoas

Leandro Karnal faz uma reflexão interessante em uma reportagem sobre “o impacto das redes sociais na vida das pessoas”, fato esse que considero bastante interessante e verdadeiro.
É bem verdade que atualmente as pessoas estão “se aproximando tornando-se distantes”. Confuso não? Enquanto que antigamente grupos de amigos marcavam encontros frequentes para “bater um papo” hoje simplesmente criam um grupo no whatsaap e vão mantendo “contato virtual” por ali e aquele contato “olho no olho” de que o historiador fala, fica cada vez mais difícil de acontecer.
Essa é uma boa oportunidade para refletirmos sobre o ônus e o bônus das redes sociais em nossas vidas.

Importante reconhecer que a evolução e a transformação cultural através das tecnologias, principalmente as ligadas as relações virtuais agregam diversos pontos positivos em nossas vidas, mas há também aquelas em que é preciso repensar... O contato “olho no olho” não pode deixar de existir.

Vejo nos almoços em família, ao invés dos integrantes interagirem, já que a correria do dia a dia tornam esses momentos cada vez mais raros, desperdiçam esse precioso tempo, conectados em seus celulares.

Nesse natal, aconteceu um fato bastante interessante na minha família. Alugamos uma casa na praia e chegando lá, nenhum sinal de celular, nem a TV pegava direito. No início, todos ficamo desconcertados, mas aos poucos percebemos que era um belo momento de aproximação. Foi uma delícia... Momento maravilhoso!!!


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Diversidade

           Trabalho na Rede Municipal de Sapucaia do Sul e na escola em que atuo existem alguns assuntos em comum que todas as turmas precisam abordados em todas as turmas da escola desde a Educação Infantil até a EJA.
            E um desses tema foi a DIVERSIDADE. Esse assunto trabalhei com a turma de 5º ano.
            Dentro dessa temática abordamos questões relacionadas as diferenças, Bullying, preconceito, racismo e homofobia, por meio de brincadeiras, debates, pesquisas, filmes etc.
            Foi um trabalho bastante interessante pois engajou toda a escola e comunidade, surtindo resultados positivos.
            A aceitação e o respeito pelo outro do jeito que ele é, foi a maior conquista do 5º ano.

            É dever da escola trazer para o cotidiano escolar os temas ligados a Diversidades para que possamos contribuir na formação social de nossos alunos de modo que consigam viver em sociedade.


Modelos Epistemológicos

Sobre os modelos epistemológicos estudados em Psicologia, acredito que minha aula é uma mistura de Construtivismo e Empirismo.
POR QUE?
Sempre acreditei no potencial dos meus alunos, não dou as respostas prontas, faço-os pensar e construir seus conceitos, mas ao mesmo tempo acredito em um ambiente silencioso, tranquilo para aprender.
Não me identifico com o apriorismo, pois acredito que muita liberdade,infelizmente vira "bagunça".

domingo, 7 de janeiro de 2018

Mudanças x Desafios x Felicidade

O ano de 2017 foi um ano especialmente diferente... 
Uma mistura de alegrias, medos e desafios me acompanharam durante todo esse ano.
Tudo começou com a minha nomeação em Sapucaia do Sul, uma conquista que já era esperada a muito tempo... Aí vem a adaptação à nova escola, a saudade da antiga, gerando um misto de alegria e medo. Mas logo, as peças foram se encaixando e indo tudo para seu lugar...
Isso era o que eu pensava...
A emoção maior ainda estava por vir...
Em um lindo domingo de abril,  um teste de farmácia com o tão esperado positivo surgiu... A felicidade tomou conta da nossa família, pois, já eram quase 3 anos de espera. Alguns sustos, medos e dificuldades surgiram, mas felizmente nossa princesinha veio ao mundo dia 10 de dezembro, fechando o no com chave de ouro.
Porém, em meio a tantos acontecimentos, atrapalhações ocorreram e não consegui dar conta de tudo... As atividades da UFRGS acumularam e cá estou na correndo para concluir.
Agradeço a Deus pelas minhas inspirações de seguir em frente.