domingo, 17 de fevereiro de 2019

Compartilhando o estágio...


    Aula do dia 2/10/18


A PRIMAVERA DA LAGARTA - Ruth Rocha


Grande comício na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira!
Dona formiga convocou a reunião. -Isso não pode continuar!
-       Não pode não! Apoiava o camaleão.
-       É um desaforo. A formiga gritava. _É um desaforo!
-       É mesmo. O camaleão concordava.
A joaninha que vinha chegando naquele instante perguntava: Qual é o desaforo, hein?
-       É um desaforo o que a lagarta faz!
-       Come tudo o que é folha! Reclamava o Louva-a-deus.
-       Não há comida que chegue!
A lagartixa não concordava: - Por isso não que as senhoras formigas também comem.
-       É isso mesmo! Apoiou o camaleão que vivia mudando de opinião.
-       É muito diferente, depois a lagarta é uma grande preguiçosa, vive lagarteando por aí.
-       Vai ver que a lagartixa é parente da lagarta. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.
-       Parente não! Falou a lagartixa. - É só uma coincidência de nome!
-       Então não se meta!
-       Abaixo a lagarta! Disse o gafanhoto. - Vamos acabar com ela!
-       Vamos sim! Gritou a libélula. Ela é muito feia!
O Senhor Caracol ainda quis fazer um discurso: - É, minhas senhoras e meus senhores, como é para o bem geral e para a felicidade nacional, em meu nome e em nome de todo mundo interessado, como diria o conselheiro Furtado, quero deixar consignado que está tudo errado. Mas como o caracol era muito enrolado, ninguém prestava atenção no coitado.
Já estavam todos se preparando para caçar a lagarta.
-       Abaixo a feiura! Gritava aranha como se ela fosse muito bonita.
-       Morra comilona! Exclamava o Louva-a-deus como se ele não fosse comilão também.
-       Vamos acabar com a preguiçosa! Berrava a cigarra esquecendo a sua fama de boa vida.
E lá se foram eles, cantando e marchando:
-       Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
-       Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
Mas, a primavera havia chegado, por toda a parte havia flores na floresta, até parecia festa. Os passarinhos cantavam e as borboletas, quantas borboletas de todas as cores, de todos os tamanhos borboleteavam pela mata. E os caçadores procuravam pela lagarta:
-       Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
-       Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
E perguntavam para as borboletas que passavam:
-       Vocês viram a lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa.
As borboletas riam, riam, iam passando e nem respondiam. Até que veio chegando uma linda borboleta.
-       Estão procurando a lagarta da amoreira?
-       Estamos sim. Aquela horrorosa, comilona.
E a borboleta bateu as asas e falou:
-       Pois, sou eu.
-       Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!
E a borboleta sorrindo explicou:
-       Toda lagarta tem seu dia de borboleta, é só esperar pela primavera.
-       Não é possível, só acredito vendo!
-       Venha ver! Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
Todos correram para ver. E ficaram quietinhos espiando. E a lagarta foi se transformando, se transformando até que de dentro do casulo nasceu uma borboleta.
Os inimigos da lagarta ficaram admirados
-       É um milagre!
-       Bem que eu falei. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.
E a borboleta falou: _É preciso ter paciência com as lagartas se quisermos conhecer as borboletas.



Moral da história:
Não devemos apontar os defeitos dos outros, todos temos nossos defeitos também. Devemos ter paciência com o tempo de evolução de cada um, porque como diz a historinha, precisamos ter paciência com as lagartas se quisermos conhecer as borboletas.
  Atividades:

  1. Breve explicação do que é FÁBULA.
  2. Vídeo:
      Vídeo da história disponível em:
  1. Roda de conversa sobre a moral da história.
  2. Registro coletivo da moral da história no quadro.
  3. Procure no texto as frases dos animais que colocaram defeitos na lagarta esquecendo os seus.
Exemplo:
- Morra comilona! Exclamava o Louva-a-deus como se ele não fosse comilão também.
  1. Dobradura da borboleta para enfeitar a sala
  2. Pintura de flores para enfeitar a sala
  3. Fotocópia: cálculos de adição e subtração
  4. Caixa de atividades extras


Essa foi uma das aulas mais especiais do estágio e por esse motivo estou publicando aqui.Na ocasião todos os alunos mantiveram-se atentos a história, tanto que ela rendeu muitas curiosidades que resultaram em uma mudança no plano semanal para contemplar o interesse dos alunos do 3º ano.Eles pediram para saber mais sobre as borboletas e para esse estudo apreciamos o livro "Loreta, a borboleta xereta".    




https://josianafelix.blogspot.com/2016/11/classificar-e-ciencias.html

Classificar é Ciências?

Atividade realizada com meu filho João Vitor de 6 anos que frequenta o Pré 2 (Jardim B)

Material: Potinhos de tinta têmpera e outros de cola colorida.

Procedimentos: Primeiramente peguei todas as tintas e coloquei em cima da cama e pedi que ele organizasse.
A primeira atitude foi pegar as caixinhas e guarda-las, mas logo me advertiu:
- Não deveria ser você a guardar? Foi você que espalhou.
Então, eu expliquei que era um trabalho para a faculdade e que ele não precisava se preocupar em guardar, mas sim em separar as tintas em grupos.
Logo, ele começou a separar todas as tintas por cores.
Deixei. Depois questionei: como tu estás separando?
- Estou fazendo o grupo dos azuis, vermelhos, amarelos. Laranjas, pretos, verdes, coloridos (cores fortes que não tinha repetidas) e pouco coloridos (cores fracas que não tinha repetidas).
Ele deixou os tubos de cola colorida de lado. Aí perguntei:
-E com essas aqui o que tu podes fazer?
Então, ele fez o mesmo procedimento, separou por cores novamente.
Fui além.
- Filho, e se eu te pedisse para misturar tudo e formar grupos dessas tintas juntos?
Aí ele separou novamente por cores e destacou que as cores eram as mesmas, a forma redonda dos tubos também, mas que os tamanhos e as tampas eram diferentes.


Classificar é ciências sim, pois as vivências interferem na hora de classificar. 




É interessante ver observar como as crianças pensam, o que levam em consideração na hora de classificar.

Fiquei encantada com as respostas dadas por ele mesmo tendo apenas 6 anos.
Ciências é vida! 
Muitas vezes fico pensando que Ciências as vezes fica esquecida. pois temos tantos "conteúdos" para ensinar. Alfabetizar, ensinar a contar e mais tantas outras coisas... Começo a perceber que ciências está presente em muitos momentos e não só quando falamos sobre os animais, por exemplo.


Diante dessa atividade, que mais parecia uma brincadeira é possível perceber que é preciso conhecer o significado de interdisciplinaridade para identificá-la nas diferentes situações... 
Essa atividade contemplou diferentes áreas de conhecimento que na ocasião em que a propus, acredito que não percebi, mas revisitando e relendo esse texto, pude observar que não só Ciências estava presente, mas também, Português, Matemática e Arte.   

TCC


Desde o início do curso já tinha certo interesse em temática que envolvesse a inclusão, pois desde 2011, quando comecei a trabalhar com turmas de Ensino Fundamental, sendo na maioria das vezes com 3° ano, esse é um assunto que me intriga, me provoca e por vezes até me angustia.
E para confirmar essa vontade, ao voltar ao trabalho, após férias de julho, depois de um período em casa em Licença Maternidade, me deparo com uma turma de 3º ano, com três alunos incluídos, um com autismo, acompanhado de uma profissional de apoio, e outros dois com deficiência física, foi aí que tive a certeza de que esse deveria ser o tema do meu TCC.
Minha principal preocupação não é só incluir o aluno com deficiência, socialmente, mas proporcionar que ele desenvolva suas potencialidades, pois acredito na capacidade de cada indivíduo independentemente das suas limitações.
A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. (BRASIL, 2008, p. 1).
Há uma certa agonia e preocupação por não me sentir preparada para lidar com determinadas situações e até mesmo os manejos com certos alunos em virtude de motivos variados: falta de informação, formação, estrutura, recursos, entre outros.
A Lei nº. 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir ‘tratamento especial’ para os alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”, não promove a organização de um sistema de ensino capaz de atender as necessidades educacionais especiais e acaba reforçando o encaminhamento dos alunos para as classes e escolas especiais. (BRASIL, 2008, p. 3).
Além da falta de estrutura e formação, que são os fatores mais agravantes, penso que é no 3° ano que as maiores complicações aparecem, pois, infelizmente o ensino encontra-se enfraquecido. É no 3° ano que os alunos precisam consolidar a alfabetização, além do “turbilhão” de conteúdos e aí qual o tempo que sobra para o professor dar a devida atenção àquele aluno incluído? Sendo que na maioria das vezes as turmas são lotadas e os alunos possuem diferentes necessidades/dificuldades. Além do professor não ter, em sua maioria, formação adequada para atender o aluno com deficiência, ainda possui uma demanda extensiva, que acabam por não serem atendidas, tornado o ensino cada vez mais defasado.  
Diante de tais inquietações, a ideia é fazer um estudo de caso sobre a experiência docente.
Segundo Yin (2005), o estudo de caso pode ser uma importante estratégia metodológica para a pesquisa em ciências humanas, porque permite ao investigador um aprofundamento em relação a problemática estudado. Ao mesmo tempo, o estudo de caso favorece uma visão da totalidade dos acontecimentos vivenciados, destacando-se seu caráter de investigação empírica de fenômenos contemporâneos.
Assim sendo, pretendo utilizar como estratégia investigativa, entrevistas. Os entrevistados serão professores em diferentes campos de atuação: direção, sala de aula, sala de recursos, na intenção de confrontar as respostas e a visão de cada um sobre a problemática, de modo que ao final seja possível chegar o mais perto possível de uma resposta que seja favorável a melhoria da minha prática de ensino e quem sabe poder compartilhar as descobertas com outrem.






Refletindo sobre o fim do estágio


Embora a prática de ensino não seja algo novo, pois já atuo como professora desde 2003, o estágio parecia um tanto amedrontador.
Costumo trabalhar com sequências didáticas, mas não projetos, então a elaboração do projeto, acredito que foi a etapa mais desafiadora, pois já não estava habituada a fazê-la desde os tempos do Magistério.
Por fim, a etapa de elaboração do Projeto de Estágio, foi vencida e aí veio a inquietação da vista do Orientador, pois dar aula com alguém ali “avaliando’ também não me parecia algo tranquilo de vivenciar, mas felizmente mais essa etapa foi ultrapassada com tranquilidade.
Felizmente a prática pedagógica deu-se de forma muito natural e positiva. Os alunos se mantiveram entusiasmados e participativos ao longo de todo projeto de estágio, que acabou por nos acompanhar até os últimos dias de aula.
O estágio me proporcionou refletir a prática, aprender e a ter uma visão mais positiva sobre determinados assuntos, principalmente os relacionados a área da inclusão, e a reafirmar que estou no caminho certo de sempre pensar no melhor para meus alunos.
Para o semestre que segue fica o desejo de realizar um bom TCC, embora ele ainda me cause certas inquietações e até mesmo insegurança e continuar a desempenhar a profissão que escolhi.
Fica aqui também meus sinceros agradecimentos ao professor Paulo que me transmitiu muita paz e sabedoria ao longo de todo o estágio, agradeço também ao tutor Pablo, por todo suporte EAD e a minha família que muitas vezes abdica da minha companhia, para que eu possa alcançar o objetivo de me formar em Pedagogia na UFRGS.

“Quando o homem compreende a sua realidade, pode levantar hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções. Assim, pode transformá-la e o seu trabalho pode criar um mundo próprio, seu Eu e as suas circunstâncias”.
Paulo Freire

https://josianafelix.blogspot.com/2016/09/tenho-medo-de-escrever.html

Tenho medo de escrever


"Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto — e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente. Mas é um vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras — quais? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo". 
Clarice Lispector, in 'Um Sopro de Vida"

De fato, sou umas das pessoas que tem medo de escrever... 
Difícil saber usar as palavras certas, da forma certa,  de modo que seja compreendida com a mesma intenção em que foi escrita.
As vezes quero expressar algo e a pessoa que lê entende de uma forma diferente da que pensei. Escrever requer atenção e saber usar as palavras.
Uma boa forma de aprender a escrever, é ler... Aí vem aquela ideia: "puxa, mas essa pessoa escreveu exatamente o que eu queria dizer". Daí vem outra história: o plágio.
Plagiar é apresentar como da própria autoria (obra artística, científica etc. que pertence a outrem).
É preciso ter cuidado na hora de escrever e aprender a colocar suas ideias sem copiar as dos outros e colocar as devidas referências, aqueles cujas as ideias, nos servem naquele momento. 
Ler serve para inspirar, mas as vezes é preciso copiar a ideia de certo autor na integra ou "com suas próprias palavras", para tal, devemos nos utilizar das citações que podem ser diretas ou indiretas.

A partir dessa reflexão aprendi a me expressar melhor na escrita, inclusive arrisquei uma escrita poética em meu relatório de TCC...
No poema exponho meus sentimentos com relação aos meus sentimentos com relação a minha vida atualmente... Confesso que senti orgulho dessa autoria!!!



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

https://josianafelix.blogspot.com/2016/07/narrativa.html


Cinderela do século XXI

                                
Na cidade de Porto Alegre mora uma menina chamada Cinderela. Cinderela é uma menina linda que ficou órfã de mãe ao nascer. O pai dela, o senhor Walter sempre a cuidou com muito carinho e amor. Ele tinha uma preocupação em arrumar uma “mãe” para sua filha. Quando ela tinha 2 anos ele resolveu morar junto com Filomena que tinha duas filhas gêmeas da mesma idade. Filomena parecia ser uma pessoa boa, mas com o passar do tempo, começou a mostrar-se invejosa e malvada. Cinderela era linda e sem nenhum esforço. Já suas filhas eram bem feinhas, Um dia a madrasta de Cinderela e seu pai viajaram para a Gramado e na volta infelizmente sofreram um acidente. Walter morreu e Filomena ficou com uma enorme cicatriz no rosto. Desde esse dia ela pegou mais implicância ainda com a enteada. A moça passou a ser explorada por ela e suas filhas. No ano seguinte as três meninas foram para o ensino médio e lá conheceram Eduardo, que era filho do Diretor. Eduardo era lindo e muito popular. Em setembro, sempre acontecia a festa da primavera e era de praxe que a Rainha dançasse com Eduardo. Ele fazia questão, para manter a popularidade, mas era um bom guri, justo e educado. As meninas ficaram entusiasmadas para o baile, mas a pobre da Cinderela já sabia que não poderia ir, pois não tinha nenhuma roupa para festas. Dito e feito, Filomena comprou vestidos lindíssimos para as filhas e disse que se Cinderela limpasse a casa direitinho poderia usar um de seus vestidos velhos. Por sorte, Cinderela tinha uma vizinha que era como uma fada madrinha para ela. Era uma senhora humilde, mas de um coração gigante, que assim que soube tratou de reformar um vestido seu antigo, sem que Cinderela soubesse. No dia do baile, Cinderela foi passar o vestido velho que havia arrumado para ir ao baile e o encontrou todo manchado. A mocinha começou a chorar e correu até a casa de dona Maria sua vizinha. Ao chegar lá encontrou a senhora, finalizando sua surpresa, um vestido lindo e finalmente poderia ir ao baile. Cinderela começou a se arrumar, dona Maria fez uma maquiagem linda nela, mas advertiu: - Essa maquiagem tem duração de seis horas, então meia noite você precisa ir embora ou irá ficar toda borrada. Cinderela compreendeu e em seguida chegou seu Uber para leva-la até a festa. Chegando lá, todos ficaram admirados com sua beleza, principalmente Eduardo que dançou com ela a noite todo mesmo antes de ter ganho o prêmio de Rainha da Primavera. Meia noite tocou o despertador de seu celular e Cinderela deve que partir. Eduardo nem se quer conseguiu terminar de anotar o número de seu WhatsApp. As filhas da madrasta trataram logo de contar que Cinderela foi ao baile e só ela quis dançar com Eduardo. A madrasta indignada, transferiu-a para um colégio interno bem longe. Eduardo procurou-a no Facebook, Instagram, grupos de WhatsApp e nada. Somente após completar o Ensino Médio é que pode sair do colégio interno. Para sua felicidade, conseguiu passar no vestibular da UFRGS e no dia da matrícula por força do destino, esbarrou-se com Eduardo. Foi amor à segunda vista. Desde então eles estão namorando. Já marcaram a data do noivado e planejam casamento. Quanto a madrasta, Cinderela ganhou causa na justiça, conseguiu provar maus-tratos e a megera vai prestar serviços comunitários nos próximos dez anos.

Análise da escrita:


Revisitando as postagens de eixos anteriores, encontrei essa que foi uma proposta de escrita a partir de outra. Ao reler, pude perceber que esse era uma espécie de “treino” para a escrita autoral.Durante toda a caminhada do curso, houveram propostas pertinentes que pudessem vir a auxiliar na esperada mas intimidadora escrita do TCC.Essa foi penas uma “historinha” criada a partir de uma versão tradicional, que ao ler novamente, foi possível refletir sobre a importância de uma escrita autoral e como buscar      subsídios em outros autores, sem “copiar”, mas sim sustentar e referenciar devidamente.                       


https://josianafelix.blogspot.com/search?q=2014

Memórias

Bem, meu nome é Josiana, mas confesso que não gosto do meu nome. Prefiro ser chamada de Josi, Josi eu gosto. Não gosto de Josiana porque ninguém tem esse nome, quase todas as “Josi’s” chamam-se Josiane e o fato de muitas pessoas escreverem meu nome errado também me incomoda bastante. Pois bem, tenho 29 anos, sou casada e tenho um filho maravilhoso chamado João Vitor, ele tem 4 anos.
Lembro-me que desde muito cedo já dizia que queria ser professora. Minha mãe sempre me falava que esse era seu desejo, mas que infelizmente a vida dela por ter perdido sua mãe aos 12 anos, havia seguido rumos diferentes. Acredito ter sido essa minha motivação de ser professora.
Mamãe sempre esteve muito presente na escola, conhecia e era conhecida por todos, professores, funcionários e colegas. Minhas colegas adoravam ir lá pra casa fazer os trabalhos, a mãe fazia bolos deliciosos, que até hoje são lembrados.

A mãe me levava e me buscava na escola até a 8ª série. Parece exagero né? Pois não foi, era maravilhoso, até teve um tempo em que eu reclamava mas foi passageiro. 
Minhas professoras eram verdadeiras modelos para mim, eu sempre sentava perto e era muito querida por elas. Mas algumas tentaram me convencer que esse não era o melhor caminho, devido a desvalorização da classe, que infelizmente hoje eu sei que existe, porém, não me arrependo.
Sempre fui muito dedicadas aos estudos, nunca foi preciso ser chamada a minha atenção para fazer um tema se quer. As minhas notas eram muito boas, modéstia parte.
         Estudei do Jardim até a 8ª série na Escola Estadual Elpídio Ferreira Paes. Esse tempo me remete a muitas lembranças boas. Até hoje tenho um grupo de ex-colegas, o qual nos encontramos de vez em quando para jogar conversa fora.

No final da 8ª série prestei prova no Instituto de Educação para o curso de Magistério, e fui aprovada. Senti por deixar aquela escola tão querida e os amigos que fiz ali, mas o desejo de ir em busca do meu sonho era maior. Cursei o Magistério durante 4 anos e meio. Houveram momentos felizes mas também frustrantes, foi lá que tirei minha primeira nota “vermelha”. Foi horrível, fiquei uma noite inteira chorando e tendo pesadelos que seria reprovada. Tirei essa nota baixa porque eu não entendia as explicações dessa professora. Obtive um bom progresso de um trimestre para outro, de 3,10 fui para 8,10, mas no último trimestre acabei tendo que fazer o provão. Graças a Deus, aprovei. O restante do curso fluiu tranquilo, com grandes esforços mas não tive mais notas baixas. 

Quando eu estava no 3º ano e tinha 17 anos, comecei a trabalhar na Escola de Educação Infantil Fazendo e Acontecendo. Meus primeiros dias foram engraçados, eu não sabia o que fazer com aquelas crianças, eles bagunçaram toda a sala e eu ali desesperada sem saber o que fazer. Aos poucos fui pegando o jeito. Atuei como auxiliar, depois como Professora nas turmas de Pré- maternal (1-2 anos), Maternal I (2-3 ano) e no Jardim A e B (5-6). Foi uma experiência muito bacana. O momento mais marcante foi quando fui convidada para ser paraninfa de uma turma de Jardim B, aquela turma foi me xodó, eu tinha 18 anos, meu primeiro ano na escola. Hoje esses anjinhos tem 17 anos e muitos fazem parte do meu facebook. Nós inauguramos o acantonamento na escola (dia de dormir na escola) e essa tradição segue desde então.

A escola a qual fiz todo o ensino fundamental era tão querida por mim que acabei retornando a ela para fazer o meu estágio obrigatório que por sua  vez, foi realizado de forma satisfatória.
E em agosto de 2005 me formei no Magistério. Foi um momento de realização. 


Em 2004 conheci meu marido, 2006 noivamos, 2008 casamos e em 2010 nasceu nosso filho. Foi o dia mais feliz da minha vida!


Em 2011 saí da escola privada e dois meses depois comecei  a trabalhar na EEEF Brigadeiro Silva Paes, a qual estou até hoje. Comecei com turmas de 3º ano e hoje tenho duas turmas uma de 2º e outra de 5º ano. Confesso que tenho muito do ensino tradicional arraigado em mim, mas que aos poucos está sendo renovado. Um fato interessante, é que hoje sou colega de uma ex- professora.

Fiz algumas tentativas de Graduação, UniRitter, Ulbra, Iergs... Cheguei ao 6º semestre na Ulbra, mas tive motivos que me impediram de continuar.

Então, em 2014 no último dia de inscrição para o vestibular PEAD2, uma amiga me manda um WhatsApp: “Josi, corre... último dia de inscrição para Pedagogia Ead UFRGS”... Meu Deus!!! Foi uma correria, mas meu marido conseguiu me inscrever. Chegou o dia da prova e fui com pouca esperança de aprovação, pois não havia tido tempo suficiente de estudar. Para minha surpresa passei e na 1ª chamada. Que alegria! Início da relização de um sonho e aqui estou em um mix de sentimentos: felicidade, medo insegurança, esperança... rumando a 2018.



O retrospecto histórico profissional é importante não apenas para mostrar minha trajetória de Trabalho, mas também para apontar a minha preocupação com a melhoria de minha capacitação para o trabalho.
Por isso, busquei na UFRGS, o Curso de Pedagogia a Distância para melhorar o modo como trabalho e dar maior efetividade as atividades desenvolvidas em sala de aula.