Em
meio ao turbilhão de conteúdos que precisamos dar conta ao longo do ano letivo,
fica a pergunta “para que brincar? ”.
O
brincar muitas vezes fica esquecido, fica enfraquecida pela ideia fixa de que “brincar
é perder tempo”, o que na verdade é uma visão totalmente errônea.
Brincar é
muito importante, brincar é essencial. Toda criança precisa e deve brincar.
Brincando a criança se distrai, se diverte e aprende. Através da brincadeira
ela é capaz de viajar no mundo da fantasia, bem como, transpor sua vida real.
O brincar
é uma importante forma de expressão que a criança possui para se comunicar,
reconhecer e reproduzir seu cotidiano, além de proporcionar o conhecimento de
si mesmo e do outro, através da interação social.
Motivada
pela aula das Professoras Tânia e Darli juntamente com a Tutora Gi, resolvi
parar para brincar e observar meus alunos da turma do Acelera Brasil, essa
semana. Por se tratar de uma turma de alunos entre 9 e 15 fiquei bastante
surpresa, poi, eles amaram e não queriam mais parar de brincar. Brincamos da
brincadeira “Inquilino”, a qual, foi desenvolvida em aula.
BRINCADEIRA:
CASA, INQUILINO E TERREMOTO Desenvolvimento:formar
trios, mais 1 ou 2 pessoas que devem ficar de fora dos trios; A voz de comando
pede que sejam formados trios, sendo que em cada trio ficam duas pessoas uma de
frente para outra de mãos dadas e uma terceira pessoa no meio das duas. Após
formados todos os trios, terá que sobrar uma ou duas pessoas. A voz de comando,
vai descrevendo os papéis de cada um. Aqueles que estão no trio, no meio das
duas pessoas serão os INQUILINOS, os que estão de mãos dadas serão as CASAS e
aquele que sobrou deverá, após o comando, fazer parte de uma CASA ou ser um INQUILINO.
1º) Quando o comandante falar INQUILINO, os INQUILINOS
de cada trio deverão sair de suas CASAS e procurar outra CASA, aquele que
estava de fora vai aproveitar para procurar uma nova CASA. 2º)
Quando o comandante falar CASA, as CASAS deverão deixar seus INQUILINOS e
procurar outro INQUILINO, mas só pode sobrar uma pessoa, se sobrar duas pessoas
os integrantes da CASA poderão virar um MORADOR. 3º)
Quando o animador falar TERREMOTO aí vai ser uma bagunça geral, tanto os INQUILINOS,
quanto as CASAS deverão se desmanchar por completo e formar novas CASAS e novos
INQUILINOS.
“A
observação é um recurso utilizado em muitas pesquisas na área de educação.
Existem modos diferentes de realizar observações, conforme a sistematicidade
envolvida no ato de observar e principalmente no lugar que o observador ocupa na
realização de sua observação[...]”
Observação simples ou
descritiva:ocupa-se na descrição dos
elementos presentes na cena observada. O observador conta sobre o que observou,
descrevendo o que está presente, por exemplo, o mobiliário, as pessoas, etc.
Esse tipo de observação aproxima-se do que trabalhamos com a ideia de
"ver". É um momento preliminar do processo de observação, no qual
aprendemos a afinar nossa visão para os elementos presentes ao nosso redor. Na
descrição nos detemos aos elementos presentes e não incluímos reações pessoais
do observador, ou seja, descrevemos o que vemos, não o que sentimos ou pensamos
ao realizar a observação.
Observação como modo de olhar:ao invés de centrar na descrição dos elementos da cena, o
observadoranalisatais elementos e osinterpretaa luz de uma concepção teórica, ou
seja, aquilo que está presente não é simplesmente relatado, mas busca-se um
entendimento sobre posições, relações, etc. A observação como olhar implica,
muitas vezes, em incluir o observador no relato, suas conclusões e também
sensações/sentimentos provocados pela cena. Importante destacar que tal como os
elementos da cena são analisados, as reações do observador também necessitam
análise.
Tais conceitos foram abordados na Interdisciplina de Seminário
Integrador pela Professora Cíntia. Para sistematizá-los, a
professora trouxe dois vídeos e um deles chamou bastante a minha atenção e é
sobre ele que irei falar.
Observe o vídeo:
Ao
observá-lo de forma simples percebo que os elementos utilizados para o fazer
foram: lenços em tons avermelhados, ventiladores, luz e música.
Ao refletir
diante de minha observação como modo de olhar, pude perceber uma imensidão de
suposição da intenção do artista com tal cena. Consegui enxergar através dos
movimentos daqueles lenços juntamente com o som, uma história, um romance onde
um casal vive de encontros e desencontros. Tive a sensação que ora eles ficavam
juntos, ora se separavam, havia algo que os impedia de ficarem juntos. Me pareceu
que era um amor muito forte, mas com barreiras. Uma história linda e emocionante.
Mas
essa foi a minha observação, há os que o viram de forma diferente.
Tal
vídeo também deixou dúvidas: “Qual a real intenção do artista? Será que era um
casal de homem e mulher? Ou um casal de mulheres? Um casal de homens? Ou quem
sabe nem era um casal? ”
Convido
você leitor, que leu sobre o que eu vi e assistiu ao vídeo, a deixar nos
comentários o que você sentiu, o que você pensou e o que você enxergou.
Referências
Bibliográficas:
LÜDKE, M. ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em
educação: abordagens qualitativas. São Paulo (SP): EPU; 1986.
MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS,
Eva Maria. Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisa,
elaboração, análise e interpretação de dados. São Paulo: Atlas, 2006