domingo, 24 de abril de 2016

Mudanças

E quando eu menos esperava tudo mudou
As turmas que eu tanto amava o vento levou
E eu fiquei ali
Sem chão
Sem rumo

Perdida num espaço
Que não era o meu

Sala nova
Alunos novos
Tudo novo

Revolta, medo, inquietação
Vontade de desistir, irritação
Rejeição

Respirar, (re)planejar, buscar
Entender, desapegar
Deixar ir
Aceitar e recomeçar

Josiana Félix Rosa da Silva





domingo, 17 de abril de 2016

Para quê brincar???

Em meio ao turbilhão de conteúdos que precisamos dar conta ao longo do ano letivo, fica a pergunta “para que brincar? ”.
O brincar muitas vezes fica esquecido, fica enfraquecida pela ideia fixa de que “brincar é perder tempo”, o que na verdade é uma visão totalmente errônea.
Brincar é muito importante, brincar é essencial. Toda criança precisa e deve brincar. Brincando a criança se distrai, se diverte e aprende. Através da brincadeira ela é capaz de viajar no mundo da fantasia, bem como, transpor sua vida real.
O brincar é uma importante forma de expressão que a criança possui para se comunicar, reconhecer e reproduzir seu cotidiano, além de proporcionar o conhecimento de si mesmo e do outro, através da interação social.
Motivada pela aula das Professoras Tânia e Darli juntamente com a Tutora Gi, resolvi parar para brincar e observar meus alunos da turma do Acelera Brasil, essa semana. Por se tratar de uma turma de alunos entre 9 e 15 fiquei bastante surpresa, poi, eles amaram e não queriam mais parar de brincar. Brincamos da brincadeira “Inquilino”, a qual, foi desenvolvida em aula.

BRINCADEIRA: CASA, INQUILINO E TERREMOTO
Desenvolvimento: formar trios, mais 1 ou 2 pessoas que devem ficar de fora dos trios; A voz de comando pede que sejam formados trios, sendo que em cada trio ficam duas pessoas uma de frente para outra de mãos dadas e uma terceira pessoa no meio das duas. Após formados todos os trios, terá que sobrar uma ou duas pessoas. A voz de comando, vai descrevendo os papéis de cada um. Aqueles que estão no trio, no meio das duas pessoas serão os INQUILINOS, os que estão de mãos dadas serão as CASAS e aquele que sobrou deverá, após o comando, fazer parte de uma CASA ou ser um INQUILINO.

1º) Quando o comandante falar INQUILINO, os INQUILINOS de cada trio deverão sair de suas CASAS e procurar outra CASA, aquele que estava de fora vai aproveitar para procurar uma nova CASA.

2º) Quando o comandante falar CASA, as CASAS deverão deixar seus INQUILINOS e procurar outro INQUILINO, mas só pode sobrar uma pessoa, se sobrar duas pessoas os integrantes da CASA poderão virar um MORADOR.
3º) Quando o animador falar TERREMOTO aí vai ser uma bagunça geral, tanto os INQUILINOS, quanto as CASAS deverão se desmanchar por completo e formar novas CASAS e novos INQUILINOS.





domingo, 3 de abril de 2016

Construindo modos de observar...


“A observação é um recurso utilizado em muitas pesquisas na área de educação. Existem modos diferentes de realizar observações, conforme a sistematicidade envolvida no ato de observar e principalmente no lugar que o observador ocupa na realização de sua observação[...]”
 Observação simples ou descritiva: ocupa-se na descrição dos elementos presentes na cena observada. O observador conta sobre o que observou, descrevendo o que está presente, por exemplo, o mobiliário, as pessoas, etc. Esse tipo de observação aproxima-se do que trabalhamos com a ideia de "ver". É um momento preliminar do processo de observação, no qual aprendemos a afinar nossa visão para os elementos presentes ao nosso redor. Na descrição nos detemos aos elementos presentes e não incluímos reações pessoais do observador, ou seja, descrevemos o que vemos, não o que sentimos ou pensamos ao realizar a observação.

Observação como modo de olhar: ao invés de centrar na descrição dos elementos da cena, o observador analisa tais elementos e os interpreta a luz de uma concepção teórica, ou seja, aquilo que está presente não é simplesmente relatado, mas busca-se um entendimento sobre posições, relações, etc. A observação como olhar implica, muitas vezes, em incluir o observador no relato, suas conclusões e também sensações/sentimentos provocados pela cena. Importante destacar que tal como os elementos da cena são analisados, as reações do observador também necessitam análise.

Tais conceitos foram abordados na Interdisciplina de Seminário Integrador pela Professora Cíntia. Para sistematizá-los, a professora trouxe dois vídeos e um deles chamou bastante a minha atenção e é sobre ele que irei falar.

 Observe o vídeo:


 Ao observá-lo de forma simples percebo que os elementos utilizados para o fazer foram: lenços em tons avermelhados, ventiladores, luz e música.
Ao refletir diante de minha observação como modo de olhar, pude perceber uma imensidão de suposição da intenção do artista com tal cena. Consegui enxergar através dos movimentos daqueles lenços juntamente com o som, uma história, um romance onde um casal vive de encontros e desencontros. Tive a sensação que ora eles ficavam juntos, ora se separavam, havia algo que os impedia de ficarem juntos. Me pareceu que era um amor muito forte, mas com barreiras. Uma história linda e emocionante.
Mas essa foi a minha observação, há os que o viram de forma diferente.
Tal vídeo também deixou dúvidas: “Qual a real intenção do artista? Será que era um casal de homem e mulher? Ou um casal de mulheres? Um casal de homens? Ou quem sabe nem era um casal? ”
Convido você leitor, que leu sobre o que eu vi e assistiu ao vídeo, a deixar nos comentários o que você sentiu, o que você pensou e o que você enxergou.

Referências Bibliográficas:

LÜDKE, M. ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo (SP): EPU; 1986.

MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. São Paulo: Atlas, 2006