Bem, meu nome é Josiana, mas confesso que não gosto do meu nome.
Prefiro ser chamada de Josi, Josi eu gosto. Não gosto de Josiana porque ninguém
tem esse nome, quase todas as “Josi’s” chamam-se Josiane e o fato de muitas
pessoas escreverem meu nome errado também me incomoda bastante. Pois bem, tenho
29 anos, sou casada e tenho um filho maravilhoso chamado João Vitor, ele tem 4
anos.
Lembro-me que desde muito cedo já dizia que queria ser
professora. Minha mãe sempre me falava que esse era seu desejo, mas que
infelizmente a vida dela por ter perdido sua mãe aos 12 anos, havia seguido
rumos diferentes. Acredito ter sido essa minha motivação de ser professora.
Mamãe sempre esteve muito presente na escola, conhecia e era
conhecida por todos, professores, funcionários e colegas. Minhas colegas
adoravam ir lá pra casa fazer os trabalhos, a mãe fazia bolos deliciosos, que até hoje são lembrados.
A mãe me levava e me buscava na escola até a 8ª série.
Parece exagero né? Pois não foi, era maravilhoso, até teve um tempo em que eu
reclamava mas foi passageiro.
Minhas professoras eram verdadeiras modelos para mim, eu sempre sentava perto e era muito querida por elas. Mas algumas tentaram me convencer que esse não era o melhor caminho, devido a desvalorização da classe, que infelizmente hoje eu sei que existe, porém, não me arrependo.
Sempre fui muito dedicadas aos estudos, nunca foi preciso ser chamada a minha atenção para fazer um tema se quer. As minhas notas eram muito boas, modéstia parte.
Minhas professoras eram verdadeiras modelos para mim, eu sempre sentava perto e era muito querida por elas. Mas algumas tentaram me convencer que esse não era o melhor caminho, devido a desvalorização da classe, que infelizmente hoje eu sei que existe, porém, não me arrependo.
Sempre fui muito dedicadas aos estudos, nunca foi preciso ser chamada a minha atenção para fazer um tema se quer. As minhas notas eram muito boas, modéstia parte.
Estudei do Jardim até a 8ª série na Escola Estadual Elpídio
Ferreira Paes. Esse tempo me remete a muitas lembranças boas. Até hoje tenho um
grupo de ex-colegas, o qual nos encontramos de vez em quando para jogar
conversa fora.
No final da 8ª série prestei prova no Instituto de Educação para
o curso de Magistério, e fui aprovada. Senti por deixar aquela escola tão
querida e os amigos que fiz ali, mas o desejo de ir em busca do meu sonho era
maior. Cursei o Magistério durante 4 anos e meio. Houveram momentos felizes mas
também frustrantes, foi lá que tirei minha primeira nota “vermelha”. Foi
horrível, fiquei uma noite inteira chorando e tendo pesadelos que seria
reprovada. Tirei essa nota baixa porque eu não entendia as explicações dessa
professora. Obtive um bom progresso de um trimestre para outro, de 3,10 fui
para 8,10, mas no último trimestre acabei tendo que fazer o provão. Graças a
Deus, aprovei. O restante do curso fluiu tranquilo, com grandes esforços mas
não tive mais notas baixas.
Quando eu estava no 3º ano e tinha 17 anos, comecei a trabalhar
na Escola de Educação Infantil Fazendo e Acontecendo. Meus primeiros dias foram
engraçados, eu não sabia o que fazer com aquelas crianças, eles bagunçaram toda
a sala e eu ali desesperada sem saber o que fazer. Aos poucos fui pegando o
jeito. Atuei como auxiliar, depois como Professora nas turmas de Pré- maternal
(1-2 anos), Maternal I (2-3 ano) e no Jardim A e B (5-6). Foi uma experiência muito
bacana. O momento mais marcante foi quando fui convidada para ser paraninfa de
uma turma de Jardim B, aquela turma foi me xodó, eu tinha 18 anos, meu primeiro
ano na escola. Hoje esses anjinhos tem 17 anos e muitos fazem parte do meu
facebook. Nós inauguramos o acantonamento na escola (dia de dormir na escola) e
essa tradição segue desde então.
A escola a qual fiz todo o ensino fundamental era tão querida por mim que acabei retornando a ela para fazer o meu estágio obrigatório que por sua vez, foi realizado de forma satisfatória.
Em 2004 conheci meu marido, 2006 noivamos, 2008 casamos e em
2010 nasceu nosso filho. Foi o dia mais feliz da minha vida!
Em 2011 saí da escola privada e dois meses depois comecei a trabalhar na EEEF Brigadeiro Silva Paes, a
qual estou até hoje. Comecei com turmas de 3º ano e hoje tenho duas turmas uma
de 2º e outra de 5º ano. Confesso que tenho muito do ensino tradicional
arraigado em mim, mas que aos poucos está sendo renovado. Um fato interessante, é que hoje sou colega de uma ex- professora.
Fiz algumas tentativas de Graduação, UniRitter, Ulbra, Iergs...
Cheguei ao 6º semestre na Ulbra, mas tive motivos que me impediram de
continuar.
Então, em 2014 no último dia de inscrição para o vestibular
PEAD2, uma amiga me manda um WhatsApp: “Josi, corre... último dia de inscrição
para Pedagogia Ead UFRGS”... Meu Deus!!! Foi uma correria, mas meu marido conseguiu
me inscrever. Chegou o dia da prova e fui com pouca esperança de aprovação,
pois não havia tido tempo suficiente de estudar. Para minha surpresa passei e
na 1ª chamada. Que alegria! Início da relização de um sonho e aqui estou em um
mix de sentimentos: felicidade, medo insegurança, esperança... rumando a 2018.