sábado, 26 de janeiro de 2019

Estágio obrigatório


(...) entendemos que o ensino de leitura deve ir além do ato monótono que é aplicado em muitas escolas, de forma mecânica e muitas vezes descontextualizado, mas um processo que deve contribuir para a formação de pessoas críticas e conscientes, capazes de interpretar a realidade, bem como participar ativamente da sociedade. (OLIVEIRA E QUEIROZ, 2009, p.2)
            No decorrer do período de observação ficou evidente que a turma do 3º ano possuía ainda muitas lacunas no processo de alfabetização e pensando na importância do ato de ler, numa perspectiva de Paulo Freire, que afirma que ler vai além de decodificar códigos, onde ler e interpretar, é mais do que apenas identificar as letras, sílabas e palavras em uma frase, mas sim buscar significado, deu-se a escolha da temática do Projeto trabalhado com a turma durante as nove semanas do estágio obrigatório.
Desde que nascemos, vamos aprendendo a ler o mundo em que vivemos. Lemos no céu as nuvens que anunciam chuva, lemos na casca das frutas se elas estão verdes ou maduras, lemos no sinal de trânsito se podemos ou não atravessar a rua. E, quando aprendemos a ler livros, a leitura das letras no papel é uma outra forma de leitura, do mesmo mundo que já líamos, antes ainda de sermos alfabetizados (FREIRE, 2003, p.5-6).
            Sendo assim, é preciso preocupar-se com a leitura e escrita, afinal, a escrita é como nos expressamos, carrega arte, sentimento, lembrança, registros, conhecimento, memória, autonomia, liberdade. A leitura e a escrita são os pilares do conhecimento, tornando- se indispensáveis para uma educação crítica e cidadã, além de ser um meio de comunicação imprescindível para todo convívio social.
            Sobre o conceito de leitura:
Leitura é a ação de ler algo. É o hábito de ler. A palavra deriva do Latim "lectura", originalmente com o significado de "eleição, escolha, leitura". Também se designa por leitura a obra ou o texto que se lê.
A leitura é a forma como se interpreta um conjunto de informações (presentes em um livro, uma notícia de jornal, etc.) ou um determinado acontecimento. É uma interpretação pessoal. O hábito de leitura é uma prática extremamente importante para desenvolver o raciocínio, o senso crítico e a capacidade de interpretação. O prazer da leitura deve ser despertado logo na infância. Ler faz parte da formação cultural de cada indivíduo. A leitura estimula a imaginação, proporciona a descoberta de diferentes hábitos e culturas, amplia o conhecimento e enriquece o vocabulário. (https://www.significados.com.br/leitura/)
            Durante o estágio foram apresentados aos alunos diferentes tipos de textos e realizadas muitas horas do conto, leituras deleite, leituras livres, idas a sala de leitura para retirada de livros, leitura oral, leitura silenciosa, leitura coletiva.
            A leitura e a escrita, mantiveram-se conectadas e uma das atividades que auxiliou bastante foi o ditado, realizado diariamente ao início de cada aula, além das diversas produções escritas propostas.
A criança constrói hipóteses, resolve problemas e elabora conceituações sobre o escrito [...]. As hipóteses que as crianças desenvolvem constituem respostas a verdadeiros problemas conceituais, semelhantes aos que os seres humanos se colocaram ao longo da história da escrita [...]. O desenvolvimento de hipóteses ocorre por reconstruções (em outro nível) de conhecimentos anteriores, dando lugar a novas construções (assim acontece, por exemplo, com o conhecimento sobre as palavras, as expressões da linguagem, a forma e o significado do signo) (TEBEROSKY; COLOMER, 2003. p. 45).
            Os laços afetivos e a solidariedade também estiveram presentes ao longo de todo processo. Eles melhoraram a capacidade de aceitar o outro como ele é e aprenderam que ajudar é mais importante que julgar. As brincadeiras, os diálogos descontraídos, as confraternizações aconteceram de forma bastante positiva no quesito socialização.
            Os alunos, embora bastante agitados e lentos, mostraram-se motivados e participativos do início ao fim e os resultados positivos foram bastante significativos. Posso dizer, que cada um na sua individualidade teve algum progresso em seu processo de aprendizagem, pois como disse Freire: “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”.
            Para que haja comunicação, a escrita e a leitura são imprescindíveis, pois
“...à concepção de língua como representação do pensamento corresponde à de sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações. Trata-se de um sujeito visto como um ego que constrói uma representação mental e deseja que ela seja “captada pelo interlocutor da maneira como foi mentalizada”. (KOCH, 2002. p. 9)




Referências

FREIRE, Paulo. Da leitura do mundo à leitura da palavra. Leitura: teoria e prática. Porto Alegre: Mercado Aberto, Nov. 1982.
KOCH, I.V, & ELIAS, V.M. Ler e escrever - Estratégia de Produção Textual. São Paulo: Contexto, 2009.
 OLIVEIRA, Cláudio Henrique. QUEIROZ, Cristina Maria de. Leitura em sala de aula: a formação de leitores proficientes. RN, 2009. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/leitura-em-sala-de-aula-a-formacao-de-leitores-proficientes/18067>. Acesso em 3 de janeiro de 2019.
TEBEROSKY, A.; COLOMER, T. Aprender a ler e a escrever: uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003.

A escola que queremos...

Uma escola em outro planeta

Essa atividade me fez pensar na escola ideal, mas que ao mesmo tempo que dá uma alegria enorme em pensar como seria, vem o pensamento de que é um sonho praticamente impossível, pois infelizmente a educação encontra-se em um momento bastante triste.

Nas palavras de Paulo Freire 



Você, eu, um sem-número de educadores sabemos todos que a educação não é a chave das transformações do mundo, mas sabemos também que as mudanças do mundo são um quefazer educativo em si mesmas. Sabemos que a educação não pode tudo, mas pode alguma coisa. Sua força reside exatamente na sua fraqueza. Cabe a nós pôr sua força a serviço de nossos sonhos. (1991, p. 126)




Plano de aula: Arte

Ano: 1º
Áreas do Conhecimento: Movimento e Música, Ensino Religioso e Artes
Temática: Sentimentos, emoções e expressões
Objetivo: Compreender o que são sentimentos, emoções e expressões.
Desenvolvimento das atividades:
  1. ENSINO RELIGIOSO - Roda de conversa: “Sentimentos, emoções e expressões”
ü  Conversar sobre como nos sentimos quando estamos felizes, tristes, assustados... e como ficam nossas expressões faciais;
ü  Brincar de adivinhar a expressão: os alunos que quiserem (um por vez) farão uma expressão com seu rosto e os demais terão que adivinhar.

  1. ARTE Folha de atividade: “Expressões” – cada um escolhe uma das expressões para mostrar como se sente.

  1.  MOVIMENTO E MÚSICA - Cantar e dançar a música: “Se você está contente” – cantar e dançar

Se você está contente bata palmas
Se você está contente bata palmas
Se você está contente, quer mostrar
Pra toda gente
Se você está contente bata palmas

Se você está contente bata o pé
Se você está contente bata o pé
Se você está contente, quer mostrar
Pra toda gente
Se você está contente bata o pé

Se você está contente dê risada
Há há há
Se você está contente dê risada
Há há há
Se você está contente, quer mostrar
Pra toda gente
Se você está contente dê risada

Se você está contente grite viva
Viva!
Se você está contente grite viva
Viva!
Se você está contente, quer mostrar
Pra toda gente
Se você está contente grite viva
Viva!

Agora eu quero ver você
Cantando só fazendo gesto
Em silêncio

Se você está contente dê risada
Há há há
Se você está contente dê risada
Há há há
Se você está contente, quer mostrar
Pra toda gente
Se você está contente dê risada
Há há há

Se você está contente grite viva
Viva!
Se você está contente grite viva
Viva!
Se você está contente, quer mostrar
Pra toda gente
Se você está contente grite viva
Viva!

Avaliação: Avaliação contínua, baseada na participação dos alunos.


O QUE DIZ A BNCC SOBRE O COMPONENTE CURRICULAR ARTE NO EF?

ARTE NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 
Ao ingressar no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os alunos vivenciam a transição de uma orientação curricular estruturada por campos de experiências da Educação Infantil, em que as interações, os jogos e as brincadeiras norteiam o processo de aprendizagem e desenvolvimento, para uma organização curricular estruturada por áreas de conhecimento e componentes curriculares. Nessa nova etapa da Educação Básica, o ensino de Arte deve assegurar aos alunos a possibilidade de se expressar criativamente em seu fazer investigativo, por meio da ludicidade, propiciando uma experiência de continuidade em relação à Educação Infantil. Dessa maneira, é importante que, nas quatro linguagens da Arte – integradas pelas seis dimensões do conhecimento artístico –, as experiências e vivências artísticas estejam centradas nos interesses das crianças e nas culturas infantis. Tendo em vista o compromisso de assegurar aos alunos o desenvolvimento das competências relacionadas à alfabetização e ao letramento, o componente Arte, ao possibilitar o acesso à leitura, à criação e à produção nas diversas linguagens artísticas, contribui para o desenvolvimento de habilidades relacionadas tanto à linguagem verbal quanto às linguagens não verbais.

Fonte: BNCC, p. 97, disponível em <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf>