Lendas
Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto daimaginação aventuresca humana. Uma lenda pode ser também verdadeira, o que é muito importante.
A
lenda do guaraná
No começo dos tempos, um casal
de índio Maués que não tinha filhos implorou a Tupã que lhes mandassem uma
criança. Como os dois eram muito bons, o Deus lhe enviou um lindo menino, que
cresceu bonito e generoso. Ajudava a mãe na lavoura, caçava com os outros
homens da aldeia e respeitava muito os velhos e as tradições. Era amigo de
todos na tribo.
Mas, um dia, Jurupari, o Deus
da escuridão, ficou sabendo do menino e sentiu ódio porque o amavam. Decidiu acabar
com ele. Esperou que fosse a floresta coletar frutos. Então, transformou- se em
uma serpente e o picou. O pobrezinho não resistiu ao veneno e morreu. A notícia
se espalhou rapidamente com muitos gritos de desespero e tristeza. Então, Tupã
mandou que a tribo enterrasse os olhos da criança perto da aldeia.
Tempos depois, naquele lugar,
cresceu o guaraná, planta que fortalece os fracos, conserva os jovens e
rejuvenesce os velhos.
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A
lenda da vitória-régia
No começo do mundo, a Lua era
um guerreiro bonito que volta e meia escolhia uma jovem para ser sua amada e a
transformava em uma estrela. Naiá, filha do chefe da tribo apaixonou-se
perdidamente pela Lua. Todas as noites, ela pedia para ser escolhida, mas a Lua
continuava sempre distante.
Certa noite, Naiá viu a imagem
do amado refletida no espelho tranquilo de um lago e pensou que ele tivesse
vindo busca-la. Louca de alegria mergulhou nas águas profundas e foi tão longe
que acabou se afogando.
A Lua quis recompensar o amor
da jovem e a transformou em uma planta majestosa. Até hoje, podemos vê-la nas
águas da Amazônia. Suas flores brancas e perfumadas só abrem a noite e ficam
cor de rosa ao nascer do sol.
A lenda da Mandioca
Nasceu uma indiazinha linda e a mãe e o pai tupis espantaram-se:
- Como é branquinha esta criança!
Chamaram-na de Mani. Comia pouco e pouco bebia.
Mani parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, Mani não se levantou da rede.
O Pajé deu ervas e bebidas à menina. Mani sorria, muito doente, mas sem dores.
E sorrindo Mani morreu.
Os pais enterraram-na dentro da própria oca e regaram a sua cova com água, como era costume dos índios tupis, mas também com muitas lágrimas de saudade.
Um dia, perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa. A plantinha desconhecida crescia depressa.
Poucas luas se passaram e ela estava alta, com um caule forte que até fazia a terra rachar ao redor.
- Vamos cavar? - comentou a mãe de Mani.
Cavaram um pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos indiozinhos. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani.
- Vamos chamá-la de Mani-oca. - resolveram os índios.
Transformaram a planta em alimento.
E até hoje, entre os índios do norte e do centro do Brasil, este é um alimento muito importante.
E em todo o Brasil (e não só!), quem não gosta da Mandioca?
- Como é branquinha esta criança!
Chamaram-na de Mani. Comia pouco e pouco bebia.
Mani parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, Mani não se levantou da rede.
O Pajé deu ervas e bebidas à menina. Mani sorria, muito doente, mas sem dores.
E sorrindo Mani morreu.
Os pais enterraram-na dentro da própria oca e regaram a sua cova com água, como era costume dos índios tupis, mas também com muitas lágrimas de saudade.
Um dia, perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa. A plantinha desconhecida crescia depressa.
Poucas luas se passaram e ela estava alta, com um caule forte que até fazia a terra rachar ao redor.
- Vamos cavar? - comentou a mãe de Mani.
Cavaram um pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos indiozinhos. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani.
- Vamos chamá-la de Mani-oca. - resolveram os índios.
Transformaram a planta em alimento.
E até hoje, entre os índios do norte e do centro do Brasil, este é um alimento muito importante.
E em todo o Brasil (e não só!), quem não gosta da Mandioca?
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A lenda do Quibungo
Quibungo é um mito da
África que chegou ao Brasil através dos bantus e se fixou na Bahia.
É um monstro, meio homem, meio bicho, que tem uma cabeça enorme e uma grande boca no meio das costas.
Come as pessoas, especialmente crianças, abrindo a boca e atirando-as dentro dela.
Apesar de voraz e feio, o Quibungo não é nada inteligente, e é muito vulnerável.
Ele pode ser atacado por qualquer meio, seja por arma branca ou de fogo.
É um monstro, meio homem, meio bicho, que tem uma cabeça enorme e uma grande boca no meio das costas.
Come as pessoas, especialmente crianças, abrindo a boca e atirando-as dentro dela.
Apesar de voraz e feio, o Quibungo não é nada inteligente, e é muito vulnerável.
Ele pode ser atacado por qualquer meio, seja por arma branca ou de fogo.
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A lenda da gralha azul
Gralha
azul é o nome dado a uma linda ave que motivou no Paraná, a tradição de
plantadores de pinheiros, enterrando as sementes com a ponta mais fina para
cima e devorando a cabeça, que seria a parte apodrecida. Não deve ser abatida e
é comumente respeitada pelo povo como ave protetora dos pinheirais. Conta a lenda que,
uma certa gralha negra, dormia num galho de pinheiro e foi acordada pelo som
dos golpes de um machado. Assustada, voou para as nuvens, para não presenciar a
cena do extermínio do pinheiro. Lá no céu, ouviu uma voz pedindo para que ela
retornasse para os pinheirais, pois assim ela seria vestida de azul celeste e
passaria a plantar pinheiros. A gralha aceitou então a missão e foi totalmente
coberta por penas azuis, exceto ao redor da cabeça, onde permaneceu o preto dos corvídeos. Retornou então aos
pinheirais e passou a espalhar a semente da araucária, conforme o desejo
divino. Esta lenda na verdade é um fato real. A Gralha-azul tem o hábito de
enterrar pinhões. Após encontrar o local correto, ela pressiona-o a entrar,
dando-lhe golpes com o bico, até a completa introdução. Não contente com isso,
ainda coloca algum material das redondezas como folhas, pedras ou galhos em cima
do local remexido, de forma a camuflar ou disfarçar o feito realizado.
Parlendas
As parlendas são conjuntos de palavras com arrumação rítmica em forma de verso, que podem rimar ou não. Geralmente envolvem alguma brincadeira, jogo, ou movimento corporal.
Uni duni tê
Salame minguê
Um sorvete colorê
O escolhido foi você
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Rei, capitão
Soldado, ladrão
Moça bonita
Do meu coração
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Dedo mindinho
Seu vizinho
Maior de todos
Fura bolo
Mata piolho
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Cadê o toucinho
Que estava aqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi?
Foi carregar trigo.
Cadê o trigo?
A galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Foi botar ovo.
Cadê o ovo?
O frade bebeu.
Cadê o frade?
Tá no convento.
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Batatinha quando nasce
Espalha a
rama pelo chão.
Menininha quando dorme…
Põe a mão no coração.
Menininha quando dorme…
Põe a mão no coração.
Trava-línguas
Os trava-línguas brincam com o som, a forma gráfica e o significado das palavras. A sonoridade, a cadência e o ritmo dessas composições encantam adultos e crianças. O grande desafio é recitá-los sem tropeços na pronúncia das palavras.
O Rato roeu a roupa do rei de Roma,
O rato roeu a roupa do rei da
Rússia,
O rato roeu a roupa do
Rodovalho...
O rato a roer roía.
E a Rosa Rita Ramalho
Do rato a roer se ria.
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Farofa feita
Com muita farinha fofa
Faz uma fofoca feia.
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Aranha arranha a rata, a rata arranha a aranha,
A aranha e a rata arranham a ratazana.
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Um prato de trigo para um tigre.
Dois pratos de trigo para dois tigres.
Três pratos de trigo para três tigres.
Dois pratos de trigo para dois tigres.
Três pratos de trigo para três tigres.
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Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E papo soltando vento
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E papo soltando vento
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