domingo, 10 de julho de 2016

Jogo

CARTA NA TESTA




Objetivos:
·         Promover a integração dos alunos.
·         Desenvolver o raciocínio lógico.
Metodologia:
Número de jogadores: 3
Regras do jogo
·         Embaralhar as cartas e coloque-as sobre a mesa, com os números virados para baixo.
·         Em cada rodada, dois jogadores pegam uma carta cada um em seguida sem olhar para elas seguiram a carta na testa como mostra a ilustração.
·         O terceiro jogador soma as duas cartas que estão na testa dos colegas e diz o resultado.
·         O jogador que sabendo a soma das duas cartas e vendo a carta do parceiro, disse em primeiro lugar o valor da carta que está em sua própria testa, ganha a rodada e faz 5pomtos.
·         Na primeira tabela da página 76, marca-se a pontuação dos jogadores.
·         a cada duas rodadas, troca-se a posição dos jogadores do tiro: quem falava a soma passa a ser um dos jogadores que descobre o valor da carta na testa

Material: 3 grupos de cartas de 1 a 10


Lendas, parlendas e trava-línguas


Lendas

Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto daimaginação aventuresca humana. Uma lenda pode ser também verdadeira, o que é muito importante.

A lenda do guaraná
No começo dos tempos, um casal de índio Maués que não tinha filhos implorou a Tupã que lhes mandassem uma criança. Como os dois eram muito bons, o Deus lhe enviou um lindo menino, que cresceu bonito e generoso. Ajudava a mãe na lavoura, caçava com os outros homens da aldeia e respeitava muito os velhos e as tradições. Era amigo de todos na tribo.
Mas, um dia, Jurupari, o Deus da escuridão, ficou sabendo do menino e sentiu ódio porque o amavam. Decidiu acabar com ele. Esperou que fosse a floresta coletar frutos. Então, transformou- se em uma serpente e o picou. O pobrezinho não resistiu ao veneno e morreu. A notícia se espalhou rapidamente com muitos gritos de desespero e tristeza. Então, Tupã mandou que a tribo enterrasse os olhos da criança perto da aldeia.
Tempos depois, naquele lugar, cresceu o guaraná, planta que fortalece os fracos, conserva os jovens e rejuvenesce os velhos.
...............................................................................................................................
A lenda da vitória-régia
No começo do mundo, a Lua era um guerreiro bonito que volta e meia escolhia uma jovem para ser sua amada e a transformava em uma estrela. Naiá, filha do chefe da tribo apaixonou-se perdidamente pela Lua. Todas as noites, ela pedia para ser escolhida, mas a Lua continuava sempre distante.
Certa noite, Naiá viu a imagem do amado refletida no espelho tranquilo de um lago e pensou que ele tivesse vindo busca-la. Louca de alegria mergulhou nas águas profundas e foi tão longe que acabou se afogando.
A Lua quis recompensar o amor da jovem e a transformou em uma planta majestosa. Até hoje, podemos vê-la nas águas da Amazônia. Suas flores brancas e perfumadas só abrem a noite e ficam cor de rosa ao nascer do sol.

A lenda da Mandioca
Nasceu uma indiazinha linda e a mãe e o pai tupis espantaram-se:
            - Como é branquinha esta criança!
            Chamaram-na de Mani. Comia pouco e pouco bebia.
            Mani parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, Mani não se levantou da rede.
            O Pajé deu ervas e bebidas à menina. Mani sorria, muito doente, mas sem dores.
            E sorrindo Mani morreu.
            Os pais enterraram-na dentro da própria oca e regaram a sua cova com água, como era costume dos índios tupis, mas também com muitas lágrimas de saudade.
            Um dia, perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa. A plantinha desconhecida crescia depressa.
Poucas luas se passaram e ela estava alta, com um caule forte que até fazia a terra rachar ao redor.
            - Vamos cavar? - comentou a mãe de Mani.
             Cavaram um pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos indiozinhos. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani.
            - Vamos chamá-la de Mani-oca. - resolveram os índios.
             Transformaram a planta em alimento.
             E até hoje, entre os índios do norte e do centro do Brasil, este é um alimento muito importante.
              E em todo o Brasil (e não só!), quem não gosta da Mandioca?
...............................................................................................................................
A lenda do Quibungo
Quibungo é um mito da África que chegou ao Brasil através dos bantus e se fixou na Bahia. 
           É um monstro, meio homem, meio bicho, que tem uma cabeça enorme e uma grande boca no meio das costas.
           Come as pessoas, especialmente crianças, abrindo a boca e atirando-as dentro dela.
           Apesar de voraz e feio, o Quibungo não é nada inteligente, e é muito vulnerável.
Ele pode ser atacado por qualquer meio, seja por arma branca ou de fogo.

..............................................................................................................................
A lenda da gralha azul
Gralha azul é o nome dado a uma linda ave que motivou no Paraná, a tradição de plantadores de pinheiros, enterrando as sementes com a ponta mais fina para cima e devorando a cabeça, que seria a parte apodrecida. Não deve ser abatida e é comumente respeitada pelo povo como ave protetora dos pinheirais. Conta a lenda que, uma certa gralha negra, dormia num galho de pinheiro e foi acordada pelo som dos golpes de um machado. Assustada, voou para as nuvens, para não presenciar a cena do extermínio do pinheiro. Lá no céu, ouviu uma voz pedindo para que ela retornasse para os pinheirais, pois assim ela seria vestida de azul celeste e passaria a plantar pinheiros. A gralha aceitou então a missão e foi totalmente coberta por penas azuis, exceto ao redor da cabeça, onde permaneceu o preto dos corvídeos. Retornou então aos pinheirais e passou a espalhar a semente da araucária, conforme o desejo divino. Esta lenda na verdade é um fato real. A Gralha-azul tem o hábito de enterrar pinhões. Após encontrar o local correto, ela pressiona-o a entrar, dando-lhe golpes com o bico, até a completa introdução. Não contente com isso, ainda coloca algum material das redondezas como folhas, pedras ou galhos em cima do local remexido, de forma a camuflar ou disfarçar o feito realizado.

Parlendas

Aparlendas são conjuntos de palavras com arrumação rítmica em forma de verso, que podem rimar ou não. Geralmente envolvem alguma brincadeira, jogo, ou movimento corporal.

Uni duni tê
Salame minguê
Um sorvete colorê
O escolhido foi você

.....................................................
Rei, capitão
Soldado, ladrão
Moça bonita
Do meu coração

..........................................................
Dedo mindinho
Seu vizinho
Maior de todos
Fura bolo
Mata piolho

.........................................................
Cadê o toucinho
Que estava aqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi?
Foi carregar trigo.
Cadê o trigo?
A galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Foi botar ovo.
Cadê o ovo?
O frade bebeu.
Cadê o frade?
Tá no convento.
..........................................................
Batatinha quando nasce
Espalha a rama pelo chão.
Menininha quando dorme…
Põe a mão no coração.

Trava-línguas

Os trava-línguas brincam com o som, a forma gráfica e o significado das palavras.  A sonoridade, a cadência e o ritmo dessas composições encantam adultos e crianças. O grande desafio é recitá-los sem tropeços na pronúncia das palavras.

O Rato roeu a roupa do rei de Roma,
O rato roeu a roupa do rei da Rússia,
O rato roeu a roupa do Rodovalho...
O rato a roer roía.
E a Rosa Rita Ramalho
Do rato a roer se ria.
...................................................................

Farofa feita
Com muita farinha fofa
Faz uma fofoca feia.

..................................................................

Aranha arranha a rata, a rata arranha a aranha,
A aranha e a rata arranham a ratazana.
.........................................................................................

Um prato de trigo para um tigre.
Dois pratos de trigo para dois tigres.
Três pratos de trigo para três tigres.

.............................................................................


Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E papo soltando vento

Narrativa

Como seria a história da Cinderela nos dias de hoje???

Cinderela do século XXI





Na cidade de Porto Alegre mora uma menina chamada Cinderela. Cinderela é uma menina linda que ficou órfã de mãe ao nascer. O pai dela, o senhor Walter sempre a cuidou com muito carinho e amor. Ele tinha uma preocupação em arrumar uma “mãe” para sua filha. Quando ela tinha 2 anos ele resolveu morar junto com Filomena que tinha duas filhas gêmeas da mesma idade. Filomena parecia ser uma pessoa boa, mas com o passar do tempo, começou a mostrar-se invejosa e malvada. Cinderela era linda e sem nenhum esforço. Já suas filhas eram bem feinhas, Um dia a madrasta de Cinderela e seu pai viajaram para a Gramado e na volta infelizmente sofreram um acidente. Walter morreu e Filomena ficou com uma enorme cicatriz no rosto. Desde esse dia ela pegou mais implicância ainda com a enteada. A moça passou a ser explorada por ela e suas filhas. No ano seguinte as três meninas foram para o ensino médio e lá conheceram Eduardo, que era filho do Diretor. Eduardo era lindo e muito popular. Em setembro, sempre acontecia a festa da primavera e era de praxe que a Rainha dançasse com Eduardo. Ele fazia questão, para manter a popularidade, mas era um bom guri, justo e educado. As meninas ficaram entusiasmadas para o baile, mas a pobre da Cinderela já sabia que não poderia ir, pois não tinha nenhuma roupa para festas. Dito e feito, Filomena comprou vestidos lindíssimos para as filhas e disse que se Cinderela limpasse a casa direitinho poderia usar um de seus vestidos velhos. Por sorte, Cinderela tinha uma vizinha que era como uma fada madrinha para ela. Era uma senhora humilde, mas de um coração gigante, que assim que soube tratou de reformar um vestido seu antigo, sem que Cinderela soubesse. No dia do baile, Cinderela foi passar o vestido velho que havia arrumado para ir ao baile e o encontrou todo manchado. A mocinha começou a chorar e correu até a casa de dona Maria sua vizinha. Ao chegar lá encontrou a senhora, finalizando sua surpresa, um vestido lindo e finalmente poderia ir ao baile. Cinderela começou a se arrumar, dona Maria fez uma maquiagem linda nela, mas advertiu: - Essa maquiagem tem duração de seis horas, então meia noite você precisa ir embora ou irá ficar toda borrada. Cinderela compreendeu e em seguida chegou seu Uber para leva-la até a festa. Chegando lá, todos ficaram admirados com sua beleza, principalmente Eduardo que dançou com ela a noite todo mesmo antes de ter ganho o prêmio de Rainha da Primavera. Meia noite tocou o despertador de seu celular e Cinderela deve que partir. Eduardo nem se quer conseguiu terminar de anotar o número de seu WhatsApp. As filhas da madrasta trataram logo de contar que Cinderela foi ao baile e só ela quis dançar com Eduardo. A madrasta indignada, transferiu-a para um colégio interno bem longe. Eduardo procurou-a no Facebook, Instagram, grupos de WhatsApp e nada. Somente após completar o Ensino Médio é que pode sair do colégio interno. Para sua felicidade, conseguiu passar no vestibular da UFRGS e no dia da matrícula por força do destino, esbarrou-se com Eduardo. Foi amor à segunda vista. Desde então eles estão namorando. Já marcaram a data do noivado e planejam casamento. Quanto a madrasta, Cinderela ganhou causa na justiça, conseguiu provar maus-tratos e a megera vai prestar serviços comunitários nos próximos dez anos.
    Josiana Félix Rosa da Silva